Dois mil participantes de várias partes do mundo são esperados em Foz do Iguaçu (PR) para o maior evento do país sobre satélites e geotecnologias. Promovido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), o 16º Simpósio Brasileiro de Sensoriamento Remoto (SBSR) recebe inscrições pela internet até domingo (7).
Depois desse dia, as inscrições serão feitas apenas em Foz do Iguaçu, na Secretaria-Geral do SBSR. O encontro reunirá no Complexo Rafain Expocenter, de 13 a 18 de abril, os principais especialistas do setor, pesquisadores, estudantes, gestores e empresários.
Especialmente no Brasil, um país de proporções continentais, o sensoriamento remoto é utilizado no levantamento de recursos naturais e no monitoramento do meio ambiente visando ao desenvolvimento econômico e social. A observação de grandes áreas com sensores embarcados em satélites é mais eficiente, rápida e barata, tornando essa modalidade a ferramenta ideal para monitorar desmatamentos, queimadas, a expansão das cidades, safras agrícolas, o nível de rios e reservatórios, entre outros.
Realizado em diferentes cidades a cada dois anos, o SBSR vem crescendo em número de participantes, submissão de trabalhos científicos e programação de sessões especiais. O atual programa já está sendo considerado o mais denso e abrangente em mais de três décadas de história do evento, tanto pelo currículo dos palestrantes convidados como pela diversidade de temas.
Novidade
Pela primeira vez, além da observação da Terra, o simpósio abordará o sensoriamento remoto de outros planetas. “Sempre olhamos para baixo e desta vez teremos uma sessão voltada para cima”, comenta o integrante da organização do SBSR José Carlos Neves Epiphanio. Coordenadora de Ciências Planetárias do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da agência espacial dos Estados Unidos (Nasa), a astrônoma Rosaly Lopes estará à frente da sessão especial “Sensoriamento remoto de superfícies planetárias”, que mostrará como essa tecnologia serve ao estudo de Marte, do satélite Io, de Júpiter, e do satélite Titã, de Saturno.
Outra sessão apresentará os planos e perspectivas do Landsat-8, satélite que representa a continuidade do programa norte-americano responsável por um registro único sobre a história do planeta Terra. “Teremos ainda sessões sobre novas tecnologias que envolvem radares e sensores laser, cada vez mais utilizados em trabalhos tanto para cidade como floresta, por permitirem medir pequenas alterações na superfície”, diz Epiphanio. “E aplicações na geologia, como estudos sobre deslizamentos e até terremotos.”
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Texto: Ascom do Inpe