Pesquisadores do Programa de Estudo e Monitoramento Brasileiro do Clima Espacial (Embrace), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), participam, no dia 14 de abril, nos Estados Unidos, do encontro internacional que irá discutir o monitoramento de supertempestades solares.
O objetivo é estabelecer quais medidas devem ser adotadas nos diferentes estágios da ocorrência de um evento solar extremo, incluindo avisos a autoridades e alertas à comunidade em geral.
A possibilidade de eventos extremos solares resultarem em impactos e prejuízos na Terra tem causado cada vez maior preocupação, já que estamos no período conhecido como máximo solar - a maior atividade do Sol que se repete em ciclos de 11 anos.
O fenômeno provoca o aumento de explosões e de manchas na superfície do Sol, assim como tempestades geomagnéticas, que são tumultos na alta atmosfera provocados por erupções solares, capazes até de interromper momentaneamente o trabalho de satélites.
Monitoramento e alertas
Por meio do Embrace, o Inpe acompanha a atividade solar e gera alertas úteis para a operação de satélites, sistemas de navegação de aeronaves, linhas de transmissão de energia e até plataformas de petróleo.
Pesquisadores do programa explicam que o número de manchas solares no atual ciclo, que se iniciou em 2009, está abaixo da média histórica, o que não descarta a possibilidade de uma supertempestade magnética.
Segundo os especialistas, é importante ressaltar que há variabilidade no ciclo e na quantidade de explosões solares de ciclo para ciclo. Explosões solares são esperadas com maior ou menor número de manchas, considerando, principalmente, que estamos em torno do máximo de atividade solar.
Uma análise recente dos pesquisadores Clezio De Nardin, Joaquim Rezende Costa e Alisson Dal Lago, respectivamente das divisões de Aeronomia, Astrofísica e Geofísica Espacial do Inpe, mostra, por exemplo, que a semana do dia 11 de março iniciou com baixa atividade solar. Porém, no meio da semana surgiu uma região mais ativa no disco solar que se traduziu em uma explosão de intensidade significativa. A avaliação pode ser lida aqui.
A análise do comportamento solar e seus efeitos na Terra são monitorados por meio de parâmetros físicos como características dessa estrela, do espaço interplanetário, da magnetosfera, ionosfera e da mesosfera. As informações do EMBRACE estão disponíveis no endereço www.inpe.br/climaespacial.
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Texto: Ascom do Inpe