O coordenador-geral de Micro e Nanotecnologias do Ministério da Ciência, Tecnologia e Informação (MCTI), Flavio Plentz, ressaltou a importância de se investir em ciência, tecnologia e inovação, apesar de a taxa de sobrevivência de produtos e processos muitas vezes ser considerada baixa.
“O que importa é o impacto do conhecimento gerado na cadeia de valor, que traz desenvolvimento econômico e prosperidade para o país. Muitos pesquisadores e alunos envolvem-se e aprendem com o processo, desde a descoberta e a prototipagem até o escalonamento e a formalização do negócio”, disse, na abertura do 2º Simpósio Técnico-Empresarial de Nanotecnologia, em Florianópolis (SC).
O evento, que termina nesta sexta-feira (22), é organizado pelo Arranjo Promotor da Inovação em Nanotecnologia (API Nanotecnologia) do Polo Tecnológico da Grande Florianópolis (Tecnópolis), com o apoio do MCTI.
Ao apresentar dados de investimentos em pesquisa e desenvolvimento (P&D) em diversos países, Plentz afirmou ser este o caminho para o Brasil, nos próximos 30 ou 40 anos, para gerar prosperidade econômica e social. “Tivemos outras tecnologias que impulsionaram a economia, e a nanotecnologia deve ser a próxima onda. Devemos estar preparados para tal, embora esses ciclos sejam construídos a longo prazo”, afirmou, lembrando do edital lançado pela Finep, agência financiadora vinculada ao ministério, que destinou R$ 30 milhões para o setor. “Essa realmente é uma aposta do governo para o desenvolvimento socioeconômico do país”.
Além disso, o coordenador citou os esforços que vem sendo feitos pelo governo federal para fomentar e desenvolver a nanotecnologia, como a criação do Comitê Interministerial de Nanotecnologia (CIN) e do Sistema Nacional de Laboratórios em Nanotecnologia (SisNano). O primeiro tem como objetivo desenvolver uma política de Estado para o setor, incluindo estratégias para investimentos, integração orçamentária e acordos de cooperação internacional. O segundo visa reunir a infraestrutura de laboratórios consolidada no país para ser amplamente utilizada por empresas nacionais, por meio de informações disponibilizadas na internet.
Texto: Ascom da Fundação Certi