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Presidente da CNI elogia Plano Inova Empresa e destaca Embrapii
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Os presidentes da CNI e do BNDES no anúncio do Inova Empresa. Foto: Giba/Ascom do MCTI
14/03/2013 - 17:49
Na apresentação do Plano Inova Empresa durante a reunião da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), o presidente da Confederação Nacional da Indústria (CNI), Robson Andrade, destacou a recepção do setor privado à iniciativa lançada pelo governo federal. “O pacote é muito positivo. O Brasil precisa desenvolver tecnologia e inovar para que nossa indústria possa ser mais competitiva, não só no mercado interno, mas principalmente, no exterior”, disse.

Entre os temas pontuados pelo dirigente, a Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii), coordenada de forma conjunta pelos setores privado e público, foi destacada como o elo entre a indústria e o desenvolvimento tecnológico no país. “Agora nós temos que dar força e vida para a Embrapii. Ela foi criada e temos um desafio enorme, que é fazer com que seja realmente um alavancador do desenvolvimento tecnológico para a indústria brasileira e que ela leve para toda a cadeia produtiva – principalmente, as grandes cadeias como os setores de petróleo e gás, petroquímico, indústria automobilística, fármacos, a amplitude esperada”, disse.

Sobre o processo de adesão destinado às micro e pequenas empresas, Andrade comentou o caminho a ser percorrido com objetivo de pleitear recursos dentro dos R$ 32,9 bilhões anunciados nesta quinta-feira (14). “Que a gente trabalhe em uma cadeia produtiva de uma maneira bem focada em todas as empresas e não só alguma coisa compartilhada”, defendeu.

“Elas vão ter que aderir aos editais que serão voltados para os setores. São cinco ou seis que são os principais da economia brasileira. Esses setores têm recursos específicos, terão os editais, e as empresas deverão apresentar projetos levando junto os centros de pesquisa ou universidades.”

Novo fluxo

Segundo Andrade, o plano inverte a lógica da relação entre os setores aplicada habitualmente. “Antes, a iniciativa sempre partia da universidade, que tinha recurso e buscava uma parceria com a empresa. Agora, as empresas têm a capacidade de ter o recurso e buscar o centro tecnológico ou a universidade para trabalhar junto”, relatou.

Na avaliação do presidente da CNI, o financiamento da fase mais crítica da inovação era um empecilho para o objetivo de ampliar a competitividade dos produtos brasileiros. “Os recursos são muito importantes, sem eles a gente não faz nada. Por exemplo, um investimento na inovação pré-competitiva é um alto risco para as empresas e normalmente a gente não tinha financiamento”, explicou.

Ele ressaltou que esse instrumento facilita ainda mais o processo de adesão à cultura da inovação proposto pelo governo. “A indústria passa a ter uma visão um pouco diferente e uma possibilidade de ser mais competitiva, de inovar e agregar valor ao seu produto, para que ele chegue ao mercado com melhores preços, condições e qualidade”, finalizou.

União

O presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES/MDIC), Luciano Coutinho, ressaltou a união de esforços entre as agências de fomento à inovação do governo federal para a consolidação da iniciativa. “É uma composição de todas essas fontes. Como a presidenta orientou, não é um programa de nenhum dos dois [BNDES e Finep]. É um programa de governo.”

Segundo Coutinho, a opção de lançar editais direcionados às empresas, “ambicionando avançar na fronteira do conhecimento e da tecnologia em várias áreas importantes”, visa fortalecer a competitividade. “E vai depender muito da resposta do setor privado.”

Como exemplo, citou iniciativas em andamento que constituíram a base para a definição do modelo. “Esses processos revelaram um dinamismo muito positivo da demanda privada. No programa de química verde e etanol de terceira geração, nós tínhamos alocado inicialmente um valor de R$ 1,5 bilhão. A demanda foi muito superior e tão qualificada que nós já mudamos o valor do programa”, informou. “Essas experiências foram o piloto para conceber de maneira integrada, como a presidenta orientou pessoalmente os ministros, um programa de grande escala abrangendo várias outras áreas da inovação.”

O presidente do BNDES informou que os setores de saúde, agronegócios, energia, aeronáutico espacial, tecnologia de informações e sustentabilidade ambiental serão contemplados com editais dentro do programa. Acrescentou que algumas chamadas serão lançadas nos próximos meses.

Crescimento

A perspectiva de crescimento da economia brasileira também esteve em pauta nas conversas pós-anúncio. Diante de perguntas de repórteres sobre a possibilidade de impacto positivo depois de sucessivas medidas de estímulo à economia, como a redução dos juros, do custo da energia e da desoneração da folha de pagamento em setores da indústria, Coutinho apresentou números para embasar a previsão de melhora.

“O investimento já está vindo. A recuperação no último trimestre da formação de capital cresceu depois de um período, cinco trimestres de queda”, comentou. “Nós temos dados do primeiro trimestre de 2013, mostrando uma forte recuperação dos investimentos. A nossa demanda de consultas cresceu 50%, os nossos enquadramentos de projetos cresceram cerca de 60%”, disse. “Isso representa um crescimento muito forte e indica uma recuperação dos investimentos. Eu acredito que em 2013, a formação do capital crescerá pelo menos 5%”.

Sobre a demora na aprovação dos projetos, o que dificultaria a adesão do setor privado no programa, Coutinho afirmou que já houve um avanço nos procedimentos: “O prazo médio já caiu e esses projetos estão sendo analisados num prazo inferior a seis meses”.

Para finalizar, o dirigente citou a atração dos centros de pesquisas globais como fator positivo no processo de evolução do desenvolvimento tecnológico nacional. “Muito importante à multiplicação dos centros de pesquisas privados, especialmente estrangeiros. Temos conseguido atrair laboratório de classe mundial para o Brasil. Isso é uma coisa nova e que dá respaldo à apresentação de projetos de boa qualidade”, avaliou.

 

Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI

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