Na semana em que se celebra o Dia Internacional da Mulher (8 de março), o diretório de grupos de pesquisa (DGP) do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI) mostra que o número de cientistas femininas já é praticamente igual ao gênero masculino.
Segundo o censo 2010, estavam cadastrados na base de dados da instituição aproximadamente 128,6 mil pesquisadores, dos quais metade eram mulheres. Essa realidade já foi diferente: em 1995, por exemplo, de cada 100 pesquisadores apenas 39 eram do sexo feminino. Contribuíram para a evolução desse percentual a universalização da educação e o avanço da ciência e da tecnologia nos últimos 20 anos.
Para as pesquisadoras Hildete Pereira de Melo e Lígia Rodrigues, as mulheres estão presentes na produção do conhecimento no Brasil e, em certas áreas, como nas ciências humanas e sociais, a participação feminina é inequívoca e sua atuação, expressiva. Nas áreas ligadas à saúde cresceu muito o número de mulheres e há importantes nomes femininos realizando pesquisas de relevância mundial.
Hildete e Lígia são autoras do livro Pioneiras da Ciência no Brasil, dedicado a 19 pesquisadoras que contribuíram de forma significativa para a evolução científica no país. A publicação foi lançada nesta quinta-feira (7), em Brasília.
Por outro lado, o estudo aponta que, quando a liderança dos grupos de pesquisa é analisada, a participação feminina cai para 45%. Apesar disso, os números indicam uma evolução da presença feminina na realização de pesquisas ao longo dos anos. Se o critério comparativo for apenas por não líderes, o percentual de mulheres supera o de homens, respectivamente 52% frente a 48%.
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Texto: Ascom do CNPq