Representante da Marinha exlica as exigências do concurso. Foto: Davi Fernandes/Ascom do MCTI
Cerca de 40 escritórios de arquitetura estiveram representados no Seminário Concurso Estação Antártica Comandante Ferraz, realizado pelo Instituto de Arquitetos do Brasil (IAB) e pela Marinha do Brasil nesta sexta-feira (22), no Rio de Janeiro. O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) participou do encontro, que teve como objetivo abordar os aspectos centrais da elaboração do projeto da nova estrutura.
Inaugurada em 1982, como parte do Programa Antártico Brasileiro (Proantar), a Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) foi destruída por um incêndio em 25 de fevereiro de 2012. Agora, IAB e Marinha promovem concurso para arquitetos brasileiros e estrangeiros, a fim de selecionar o projeto das novas instalações da estação científica, que poderá abrigar 200 pesquisadores e deve custar cerca de R$ 100 milhões.
A iniciativa conta com o apoio do MCTI. Durante o encontro, a coordenadora para Mar e Antártica, Janice Trotte Duhá, destacou as expectativas do ministério em relação às futuras instalações. “Desde o primeiro dia após o incêndio, o nosso engajamento para a reconstrução do local tem sido muito forte”, disse.
“Buscamos a criação de um ambiente moderno e inovador com funcionalidade e requisitos de sustentabilidade. Queremos deixar como legado científico do Brasil na Antártica a melhor casa para os nossos pesquisadores. Diante disso, fico muito feliz em ver o tamanho interesse dos arquitetos nesse importante projeto para a história do nosso país.”
A analista de Ciência e Tecnologia Andréa Cruz, da coordenação, frisou que o local deverá ser concebido para facilitar o desenvolvimento e promover o constante aperfeiçoamento da ciência. “É fundamental que dê apoio à pesquisa científica brasileira e internacional, pois continuará sendo um polo integrador entre as nações.”
Laboratórios
O Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Antártico de Pesquisas Ambientais (INCT-APA) também participou do evento. A coordenadora Yocie Valentin apresentou as exigências e recomendações específicas para os futuros laboratórios da estação. “Acho necessária a participação de nós, pesquisadores, pois podemos trazer para a conversa as experiências no local. Para a nossa atividade precisamos, entre outros, de laboratórios de ciência, unidades de pesquisas independentes, estações de emergência e pisos laváveis e antiderrapantes.”
Participantes lembraram a importância do projeto para o Brasil. “Não existe país soberano sem pesquisa e desenvolvimento tecnológico. Assim, não há dúvida sobre a necessidade de reconstruir o nosso centro na Antártica”, disse o capitão-de-fragata da Marinha Mário Luís Machado Brandão.
Texto: Luiza Seixas – Ascom do MCTI