O plano, apresentado por uma comitiva de três secretários do município aos pesquisadores do instituto, consiste no uso racional da madeira como forma de geração de renda e na formação de jovens na confecção de instrumentos musicais (luteria). 

De acordo com o diretor substituto do Inpa, Estevão Monteiro de Paula, a iniciativa do município ocorre pelas pesquisas que a instituição já desenvolve na área.

“Isso é o resultado do trabalho que fazemos em outras cidades do Amazonas, como Manacapuru e Iranduba, o que está chamando a atenção de secretários de outros municípios”, avalia. “Eles estão pedindo para que o Inpa estenda essa ação para as suas cidades. A procura é o fruto da pesquisa científica aplicada, o que é extremamente gratificante”.

Até o fim do ano passado, 25 alunos da rede pública de ensino concluíram o curso em Maraã, produzindo 60 violões. Segundo a secretária de Finanças do município, Gleiciane Silva, a busca pela parceira com o Inpa tem o objetivo de melhorar a estrutura do projeto.

Ciência e educação

Segundo o luthier responsável pelo projeto, Edson Ribeiro, a cooperação aproxima a ciência da educação. “O projeto viabiliza a confecção de instrumentos de qualidade e a socialização dos jovens, além de fomentar o ensino da música”, disse. “O violão é feito à mão e a madeira é de qualidade. Estamos buscando a parceria para ter o braço da tecnologia e melhorar nossa produtividade”.

De acordo com a pesquisadora do Inpa Claudete Catanhede, a colaboração da instituição consiste em ampliar a produção de violão, formar mão de obra para a luteria e colaborar para a geração local de renda.

Texto: Ascom do Inpa