O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e a Associação Corredor Ecológico do Vale do Paraíba (ACEVP) lançam na sexta-feira (22) o projeto Mata Nativa, que prevê o reflorestamento de 23,7 hectares de Mata Atlântica na
unidade do Inpe em Cachoeira Paulista (SP).
A parceria, com duração de dois anos, também contempla o desenvolvimento de pesquisas para produzir um modelo de recuperação de áreas degradadas e avaliar o impacto do reflorestamento no ciclo hidrológico e o balanço de nutrientes em uma bacia de drenagem.
A dinâmica de nutrientes, a fixação de carbono e as taxas de crescimento das espécies integram os estudos a serem realizados no local. A partir deles será possível propor métricas, protocolos de coleta e amostras, além de um modelo de recuperação florestal que poderá ser replicado.
O projeto permitirá ainda a redução da pegada de carbono do instituto, por meio do plantio de aproximadamente 36 mil mudas de 80 espécies nativas da Mata Atlântica, como amendoim-bravo, ipê-roxo, paineira, pau-viola, jequitibá-rosa e sangra-d’água.
“Trabalhamos para minimizar o impacto de nossas emissões de carbono. O plantio de árvores é um passo nesse sentido, mas também ressaltamos a importância de se encontrar formas de redução das emissões de gases de efeito estufa”, afirma Jean Ometto, coordenador do projeto e pesquisador do Centro de Ciência do Sistema Terrestre do Inpe.
Validação
De acordo com o secretário executivo da ACEVP, Paulo Valladares, a parceria auxiliará na validação da metodologia de trabalho da entidade. “Temos agora como parceira uma das mais importantes instituições de pesquisa brasileira e mundial. É a união do melhor de dois mundos: nós faremos a floresta e o Inpe, os estudos”, diz.
A cerimônia de lançamento do projeto Mata Nativa ocorre às 8h30, no auditório do Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos (CPTEC/Inpe).
Texto: Ascom do Inpe