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Primeiro satélite brasileiro completa 20 anos em operação
06/02/2013 - 17:04
Ao concluir 105.577 voltas em torno da Terra, às 14h42 de sábado (9), o primeiro satélite brasileiro terá completado 20 anos no espaço. O número de órbitas é mais um dos resultados do SCD-1 (Satélite de Coleta de Dados), que tinha expectativa de apenas um ano de vida útil quando foi lançado pelo foguete norte-americano Pegasus, em 1993, e ainda está em funcionamento.

Projetado, construído e operado pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), o SCD-1 segue retransmitindo informações para a previsão do tempo e monitoramento do nível de água dos rios e represas, entre outras aplicações.

“Após esse longo tempo em órbita, o SCD-1continua em operação e se prova um projeto de reconhecido sucesso, um verdadeiro tributo à competência da engenharia espacial brasileira. O lançamento do SCD-1 colocou o Inpe entre as instituições que efetivamente dominam o ciclo completo de uma missão espacial desde sua concepção até o final de sua operação em órbita”, diz o diretor do Inpe, Leonel Perondi.

O início da operação em órbita do SCD-1 marcou também o estabelecimento do Sistema Brasileiro de Coleta de Dados Ambientais, cujas informações são utilizadas por diversas instituições no Brasil e no exterior.

Cooperação

Além de cumprir sua missão de coleta de dados, o SCD-1 contribuiu para a cooperação com outros países, que na década de 1990 se valeram da experiência brasileira na operação de satélites na mesma faixa.

“Ele foi instrumental para o desenvolvimento de programas espaciais tanto da Argentina como da China. No primeiro, ajudou a calibrar a Estação Terrena de Córdoba e no segundo caso, a Estação Terrena de Nanning”, conta o chefe do Centro de Rastreio e Controle (CRC) do Inpe, Pawel Rozenfeld. “Nós fazíamos a previsão da passagem do SCD-1 pela China e os chineses utilizavam essas informações para aperfeiçoar seu próprio sistema de determinação em órbita, pois eles ainda iriam lançar satélite na banda S. Para a Argentina, que não tinha nenhum satélite na época, o SCD-1 foi ainda mais importante para determinar os parâmetros da sua estação”.

A recepção das mensagens enviadas por plataformas de coleta de dados (PCDs) e retransmitidas pelo satélite SCD-1 é realizada por um equipamento denominado Processador de Coleta de Dados (Procod), cuja tecnologia de processamento digital vem sendo aperfeiçoada. Uma nova versão do sistema, o Procod-3, foi instalada em setembro na estação de recepção de Cuiabá.

“Melhoramos muito o processamento dos dados em solo. Isso é fundamental para compensar eventuais problemas decorrentes do tempo de vida útil do satélite, permitindo sobrevida adicional ao SCD-1 em termos de desempenho de recepção de mensagens transmitidas pelas PCDs”, explica coordenador substituto de Engenharia e Tecnologia Espacial do Inpe, Wilson Yamaguti,.

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Texto: Ascom do Inpe

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