O 6º Fórum Mundial de Ciência (FMC), a ser realizado nos dias 25 e 26 de novembro no Rio de Janeiro, será antecedido ainda por três encontros preparatórios ao longo do ano. Recife será a próxima cidade a abordar a temática do evento, em março, seguida de Porto Alegre, em maio, e de Brasília, em junho.

O objetivo do encontro internacional é discutir o papel da “Ciência para o desenvolvimento global”. É a primeira vez que o evento será realizado fora da Europa. A novidade tem mobilizado cientistas, estudantes, gestores e representantes da sociedade brasileira, que participam das reuniões preparatórias para levantar sugestões e recomendações a serem debatidas no encontro internacional. Essa série de debates temáticos já teve eventos em São Paulo, Belo Horizonte, Manaus e Salvador.

“Esperamos, ao final dos sete encontros, produzir um documento e um manifesto que será lido no fórum em novembro”, diz o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, que em fevereiro tem reuniões agendadas com representantes de Recife e de Porto Alegre para definir detalhes sobre as discussões regionais.

Para o encontro na capital pernambucana, conta o secretário, a comunidade científica da região está sendo mobilizada para a criação de um conselho consultivo, que vai trabalhar na elaboração da programação e do conteúdo do evento. Além dos temas considerados transversais – como educação e ciência, mobilidade, desenvolvimento urbano, inclusão e acesso ao conhecimento, sustentabilidade e ética na ciência – a discussão ali terá como temática central os oceanos.

Histórico

Em 2009, o MCTI, em colaboração com as principais instituições científicas e tecnológicas brasileiras e governos da América Latina e Caribe, deu início a uma série de reuniões com vistas à elaboração de uma estratégia regional do setor ciência, tecnologia e inovação (CT&I) para as próximas décadas. O principal resultado desses encontros foi a formalização de uma declaração regional sobre o tema, que foi apresentada no décimo aniversário do Fórum Mundial de Ciência 2009, em Budapeste, Hungria.

O eixo principal dessa declaração é o estabelecimento de um plano estratégico regional orientado à resolução de problemas comuns que afetam esses países e à necessidade de introdução da temática da inclusão social nas políticas nacionais de CT&I. A iniciativa resultou na indicação da cidade do Rio de Janeiro para sediar a edição 2013 do FMC.

Com a participação de um conjunto de atores que compõem o Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, foi então criada, no final de 2011, a Comissão Executiva Nacional do Fórum Mundial de Ciência 2013, com funções relacionadas à participação do governo brasileiro na preparação, na programação temática e na coordenação institucional do fórum mundial. Essa instância reúne representantes de 12 entidades do setor: MCTI, ABC, SBPC, MRE, Capes/MEC, CNPq/MCTI, Finep/MCTI, CGEE, Andifes, Consecti, Confap e Escritório da Unesco no Brasil.

Saiba mais sobre o fórum.
 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI