A reunião do comitê, presidida pelo secretário Elias. Foto: Augusto Coelho/Ascom do MCTI
O presente e o futuro do Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) pautaram as discussões da quinta reunião de seu comitê gestor, nesta terça-feira (11), no Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Para o presidente do grupo e secretário executivo da pasta, Luiz Antonio Elias, o Sibratec é fundamental para consolidar de fato o Sistema Nacional de Ciência e Tecnologia, mas o programa precisa ser aprimorado, em busca de mais envergadura.
“Chegamos a uma posição intermediária que também é estratégica. O que faremos agora? O que devemos continuar? O que não devemos continuar? Mas, principalmente, como devemos avançar nesse programa?”, questionou Elias. “Ainda acredito muito no Sibratec e o defendo permanentemente, porque é um bom programa, porque tem uma ideia de sistema, de trabalho em rede.”
Operado pela Finep – Agência Brasileira da Inovação, o Sibratec é um instrumento de articulação e aproximação da comunidade científica com o setor empresarial. Segundo Elias, há recursos previstos para 2013. “Precisamos saber onde, como e com que foco vamos gastar esse dinheiro”, disse.
As entidades integrantes do programa estão organizadas em três redes: Centros de Inovação, voltada à transformação de conhecimentos científicos em produtos e processos; Extensão Tecnológica, com objetivo de promover assistência técnica especializada ao processo de inovação; e Serviços Tecnológicos, em apoio à infraestrutura de laboratórios prestadores de serviços de metrologia, para superar exigências técnicas de acesso a mercados.
Na opinião de Elias, a rede Serviços Tecnológicos necessita de “um olhar mais central” do comitê gestor. “Enquanto inovação e extensão caminham por si, quase inerentes ao processo, a área de metrologia é um gargalo central”, afirmou. “O Sibratec vem cumprindo esse papel, que é muito nobre, já que raramente se trata de metrologia, a não ser no âmbito do Inmetro [Instituto Nacional de Metrologia, ligado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior].”
Avaliação
O secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do MCTI, Alvaro Prata, propôs ao comitê gestor e aos comitês técnicos das três grandes redes uma “avaliação ampliada” do Sibratec. “A expectativa é que cada vez mais possamos conhecer o sistema, para termos condições de interromper algumas ações e criar outras”, disse Prata, que é secretário executivo do programa.
Participaram do encontro representantes de outros órgãos públicos – como o presidente da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), Jorge Guimarães – e organizações da comunidade científica e da iniciativa privada. O coordenador-geral de Serviços Tecnológicos do MCTI, Jorge Mario Campagnolo, apresentou a situação atual do Sibratec.
Texto: Rodrigo PdGuerra – Ascom do MCTI