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Pesquisa do LNBio avança na compreensão de gene dos vertebrados
10/12/2012 - 20:43
Pesquisa realizada no Laboratório Nacional de Biociências (LNBio), em Campinas, identificou no gene da enzima raldh2 a fração responsável por estimular a síntese dessa substância na medula espinhal dorsal. O fragmento identificado é conhecido tecnicamente como enhancer (em inglês, potenciador ou realçador), devido à sua função estimuladora da expressão gênica. 

Essa enzima tem importância central no desenvolvimento do embrião dos animais vertebrados, que envolve uma série de eventos biológicos. Para que esse processo, conhecido por embriogênese, desenvolva um indivíduo saudável, diferentes substâncias são requeridas, entre elas um composto fundamental: o ácido retinóico (AR). O AR é obtido a partir da vitamina A, principalmente, por meio da enzima estudada.

O impacto da descoberta está relacionado à complexidade do gene, que tem cerca de 120 mil pares de bases. Animais que não expressam esse gene morrem no início de seu desenvolvimento, já que a síntese de ácido retinóico é prejudicada.

O AR atua na formação dos tecidos dos pulmões, rins, olhos, cérebro e coração. No sistema nervoso central, participa da diferenciação neural. A carência do ácido afeta todos esses processos de desenvolvimento, assim como seu excesso prejudica tais eventos. Como a raldh2 é a principal enzima envolvida na síntese do ácido retinóico na embriogênese, o gene que a codifica depende de um sofisticado mecanismo de regulação. A expressão da enzima precisa ocorrer em diferentes partes do organismo e durante diversos estágios do desenvolvimento para garantir o desenvolvimento de um embrião saudável.

A pesquisa desenvolvida no LNBio, instalado no campus do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM, organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação), identificou o enhancer responsável por estimular a produção de raldh2 na região mais dorsal da medula espinhal, conhecida como placa do teto, e nos interneurônios dorsais da medula espinhal. A pesquisa mostrou também que esse enhancer é encontrado em sapos, galinhas, camundongos e seres humanos, o que sugere que ele tenha sido conservado ao longo da evolução dos vertebrados.

O estudo foi realizada em parceria com Instituto do Coração (InCor), Laboratório Europeu de Biologia Molecular (EMBL), Instituto de Tecnologia da Califórnia, Universidade de Chicago, Universidade do Chile, Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Universidade de São Paulo (USP).

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Texto: Ascom do CNPEM
 

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