O representante da ABC no encontro. Foto: Eduardo Gomes/Ascom do Inpa
O Brasil precisa vencer desafios na área educacional para avançar na ciência. A afirmação foi feita nesta terça-feira (28), pelo representante da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Adalberto Vieyra, na abertura do 3º Encontro Preparatório do Fórum Mundial de Ciência. O evento, no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), em Manaus, teve a participação do secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias.
"Eu tenho a mais absoluta certeza que o Brasil só vence os desafios para ciência, tecnologia e inovação se melhorar a qualidade na educação, sobretudo melhorar a qualidade nas regiões que considero um vazio de ciência e educação”, disse Vieyra, na palestra magna.
Sobre a Amazônia, ele afirmou que ainda há carência na região, principalmente na educação superior. “Inserção da ciência e educação na sociedade é uma das premissas para o desenvolvimento de uma ciência em um país de dimensões continentais como o nosso”, complementou o palestrante.
O secretário executivo Luiz Antonio Elias ressaltou que os debates em Manaus e as demais reuniões preparatórias para o fórum mundial inserem o país nas grandes discussões científicas. “Isso nos coloca de uma forma mais integrada no cenário internacional, e é uma oportunidade de mostrar o avanço na consolidação dessa agenda que é decisiva para o desenvolvimento do país. No caso das reuniões estaduais, a ideia é que possam refletir as questões locais – no caso da Amazônia, a diversidade tropical e como a ciência poderá contribuir para haver a sustentabilidade”, comentou.
Para o diretor do Inpa, Adalberto Val, os debates servirão para integrar ações que contribuirão para as pesquisas na região. “As ações não podem ser copiadas de outros lugares dadas suas particularidades, por isso temos de desenvolver essas informações aqui”, defendeu. “Não se trata de uma fé cega na ciência, mas se trata de um único caminho possível. É a ciência que tem as ferramentas para desenhar experimentos e responder perguntas que ainda não têm respostas.”
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Texto: Ascom do Inpa (atualizado em 29/11/2012)