A apresentação de inovações tecnológicas na área de engenharia biomédica foi o destaque do segundo e último dia do workshop internacional sobre o tema que reuniu – nesta terça-feira (27) no Centro de Tecnologia e Inovação Renato Archer (CTI), em Campinas - pesquisadores seniores, empresas e especialistas. O centro é uma unidade de pesquisa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
No último dia do evento, foram realizadas sete palestras, que trataram de temas, como tecnologias computacionais para simulação de fármacos e para imagens médicas, simulações de engenharia biomecânica, modelos matemáticos para fabricação de próteses e engenharia de materiais para aplicações na medicina.
O primeiro encontro – realizado nos dias 22 e 23 – teve a participação de representantes das redes europeia Irebid (International Research Exchange for Biomedical Devices Design and Prototyping) e brasileira, INCT Biofabris (Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Biofabricação), do sistema MCTI, que promove a integração de ferramentas computacionais, síntese e desenvolvimento de novos biomateriais, além da aplicação de técnicas de engenharia para obtenção de dispositivos biomédicos (próteses e órteses ortopédicas) e de substitutos biológicos para tecidos vivos ou órgãos humanos defeituosos ou faltantes
Compõem a rede brasileira, a Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) – instituição sede, Universidade de São Paulo (USP), Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Instituto de Pesquisas Nucleares (Ipen), Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Instituto Nacional de Tecnologia (INT) e o CTI.
Participante das duas redes, o CTI mantém cooperação com mais de uma centena de hospitais brasileiros, utilizando tecnologias tridimensionais, como imagens médicas e impressão tridimensional para planejamento e aplicação em cirurgias complexas, em especial as craniofaciais.
Destaques
O professor do CTI, Jorge Silva, apontou alguns destaques das palestras desta terça (27), como a ministrada pelo pesquisador Eduardo Pagani, sobre o desenvolvimento de fármacos a partir de testes em tecidos produzidos em laboratório. O professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), José Wilson Bassani, chamou a atenção, em sua apresentação, para o déficit de profissionais na área biomédica.
Já o pesquisador alemão Otto Bock fez uma exposição sobre próteses e órteses, mostrando como o uso da biomecânica é capaz de reproduzir quase perfeitamente os movimentos dos membros do corpo humano, como a mão biônica.
No período da tarde, o professor do Instituto de Física da Unicamp, Roberto Covolan, falou sobre como a física pode ajudar na geração de imagens médicas e no mapeamento do cérebro. Sobre este assunto, Silva comenta que o CTI é parceiro da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no projeto de criação de um centro de excelência de neurociências no país. Em seguida, o coordenador do INCT Biofabris, Rubens Maciel Filho, fez comentários sobre a área de biomateriais.
Os dois últimos palestrantes, ambos da Unicamp, foram a professora Angela Luzo, que tratou dos desafios biológicos das células-tronco, e o professor Paulo Kharmandayan, que falou a respeito das pesquisas inovadoras no campo da cirurgia plástica.
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Texto: Ascom do CTI – Ascom do MCTI