Organizadores da Olimpíada Brasileira de Física das Escolas Públicas (Obfep) comemoram o resultado da edição 2012, que esteve presente pela primeira vez todo o território brasileiro. Ao todo 1,2 milhão de alunos participou do evento. Destinada ao ensino médio e ao último ano do ensino fundamental, a Obfep tem apoio do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) – por meio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) – e do Ministério da Educação (MEC). 

A inciativa visa valorizar a escola pública, a melhoria do ensino e o estudo das ciências, propiciando ao estudante uma forma de avaliar sua aptidão e seu interesse pela ciência, em geral, e pela física em particular. Como atividade paralela à Olimpíada Brasileira de Física, promovida pela Sociedade Brasileira de Física (SBF), a Obfep foi organizada em caráter piloto nos últimos dois anos.

Em 2010, envolveu os estados da Bahia, de Goiás, do Piauí e de São Paulo. Em 2011, a experiência foi estendida ao Maranhão e ao Mato Grosso. No modelo aplicado em 2012, a Obfep se dividiu em duas fases. Da primeira, em 4 de setembro, participaram todos os estudantes inscritos pelas escolas, que responderam a uma prova objetiva composta por 15 questões. A avaliação foi realizada na própria instituição de ensino durante um dia da semana.

Na segunda fase, aplicada no dia 10 de novembro, cerca de 50 mil estudantes receberam um kit com o qual fizeram experimentos, compreendendo medidas e análise dos resultados. O kit foi desenvolvido no Instituto de Física de São Carlos da Universidade de São Paulo (IFSC/USP).

Teoria e prática

Um dos objetivos gerais da Obfep é criar nos jovens estudantes um perfil diferente, visando a um método educacional que se baseie não só na teoria, mas também na prática cotidiana. A iniciativa, nos moldes da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), traz como diferencial a experimentação científica.

Segundo o coordenador da Obfep dn estado de São Paulo, Euclydes Marega Junior, docente e pesquisador do IFSC, a ideia do experimento deste ano foi questionar os alunos sobre as propriedades de uma mola helicoidal e conceitos de elasticidade que estão presentes no dia a dia de todos – por exemplo, na suspensão de automóveis e motos.

Para cada veículo é necessário um tipo de mola com características específicas. Elas foram determinadas pelos alunos no experimento. “O objetivo é despertar no aluno seu talento criativo e inovador, necessário para o Brasil hoje”, acrescenta Marega Junior.

Sobre a olimpíada

A Obfep fornece o gabarito, os professores corrigem a prova e lançam no banco de dados da atividade a nota e o nome dos 5% de alunos inscritos com melhor classificação em cada série/ano da escola, levando em consideração todos os turnos. Nesse momento também é registrado o nome do professor de cada estudante classificado.

A segunda fase fica sob a responsabilidade dos coordenadores estaduais, em centros de aplicação escolhidos pela coordenação estadual. Os estudantes vencedores, assim como seus professores, escolas e secretarias de Educação, são premiados com medalhas, certificados e/ou troféus.

Cada etapa é específica para a série que o aluno cursa no ano. São três níveis: A, para estudantes do 9º ano do ensino fundamental; B, para estudantes da 1ª e da 2ª série do ensino médio; e C, para os da 3ª série.

Premiação

A Obfep premiará alunos e, em função do desempenho destes, professores, escolas e secretarias de educação. Essa premiação compreende dois níveis – nacional e estadual – e se baseia exclusivamente no resultado das provas da segunda fase.

Serão concedidas 240 medalhas de ouro e a mesma quantidade de prata e de bronze aos alunos das escolas municipais, estaduais e federais que obtiverem, considerando a modalidade de escola, as 20 primeiras colocações na classificação nacional, em cada uma das séries/anos. Para a premiação estadual, são 972 medalhas para cada nível, reconhecendo os 36 alunos que obtiverem maior pontuação em cada estado.

O resultado das provas será divulgado em fevereiro de 2013. Para mais informações, acesse o portal do evento.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI