Na abertura do workshop Parques Tecnológicos: Atualidades e Tendências, nesta quarta-feira (21), o secretário executivo do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Luiz Antonio Elias, enfatizou a importância desses parques e das incubadoras de empresas na promoção da inovação produtiva do país. “Eles são referências na criação de instrumentos e mecanismos de aproximação com áreas estratégicas como o pré-sal”, disse. 

Para Elias, é possível estabelecer articulações de interface com os novos investimentos internacionais recém-anunciados no Brasil. “Eles servem de impulso para a instalação de novos parques”, avaliou. A colaboração com empresas como a Microsoft, que anunciou a criação de um centro de pesquisa e desenvolvimento (P&D) no Rio de Janeiro, pode ainda abrir um novo nicho de atuação, considerou. “É um leque que amplia a capacidade dos polos, para proporcionar avanço regional e nacional, através da criação de produtos e serviços de qualidade.”

O secretário mencionou as instituições que estão empenhadas na promoção da inovação no país, como o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), a Finep/MCTI – Agência Brasileira da Inovação, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC) e o Banco de Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES/MDIC).

Em seguida, informou que existem outras possibilidades de aporte de recursos na área. “Ela não se restringe ao Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico [FNDCT], desde que a política esteja bem estruturada”, disse. “As emendas parlamentares são outro caminho, podemos ajudar nessa articulação. O parque tecnológico que será implantado em Brasília saiu deste tipo de iniciativa.”

Segundo o secretário executivo, a presidenta Dilma Rousseff anunciará em breve a destinação de recursos para o estímulo da inovação nos próximos dois anos. “Vou deixar para ela o montante que será aplicado, mas queria adiantar que o cenário é favorável para novos projetos e iniciativas”, comentou.

O evento está sendo realizado na sede do CNPq, em Brasília, até esta quinta-feira (22). É organizado pelo MCTI, responsável pelo Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI) e por políticas públicas de fomento à inovação.

Oportunidade

Durante a abertura, o secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec/MCTI), Alvaro Prata, destacou que o workshop é uma oportunidade para uma análise aprofundada dos projetos por parte dos gestores dos parques tecnológicos e incubadoras de empresas.

Em sua opinião, deve-se levar em conta, inclusive, se existe a necessidade de alteração das metas, vislumbrando o cenário positivo anunciado. “Avaliem minuciosamente o que pretendem alcançar, já que teremos investimentos novos, para que tenhamos sucesso na investida de promover a inovação no país de forma efetiva”, propôs.

Atualmente, a Setec administra 79 iniciativas de parques tecnológicos, dos quais 26 estão em estágio de operação, 19 em implantação e 34 na fase de projetos, além de 384 incubadoras de empresas já consolidadas nos parques em atividade. Entre 2002 e 2012, foram aplicados cerca de R$ 335 milhões na implantação dessas iniciativas.

O diretor de Engenharia, Ciência, Exatas, Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme Sales Melo, destacou que os gestores possuem grande responsabilidade no desempenho de um papel ativo no fomento da área, por conta do alto número de projetos enviados anualmente. “Selecionamos apenas um quarto das propostas recebidas, o que aumenta a necessidade de que sejam acrescidos todos os recursos necessários para uma boa gestão”, ponderou.

A analista de projetos Lúcia Guaranys, da Finep, sinalizou com intenção de continuar empenhada na seleção de iniciativas que contemplem regiões que necessitam de desenvolvimento científico e tecnológico: “Continuaremos investindo nos parques. Convoco desde já o envio de propostas inovadoras”.

Já a presidenta da Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Francilene Garcia, mencionou a intenção de estabelecer ações específicas de acordo com o resultado do evento. “Iremos considerar o estágio de cada polo tecnológico, para implantar nossas iniciativas”, disse.

 

Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI