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Evento aponta soluções para gestão do conhecimento no mundo virtual
19/11/2012 - 21:10
Levantar questionamentos e mostrar como o mundo virtual pode auxiliar, na tomada de decisão, tanto as empresas como os cidadãos. Esse foi o objetivo do painel 11 do 3º Congresso Ibero-americano de Gestão do Conhecimento (Gecic), que reuniu, nesta segunda-feira (19), especialistas da área e cerca de 200 servidores públicos, empresários e estudantes, no espaço Parlamundi, em Brasília. O evento é realizado pelo Instituto Brasileiro de Informação em Ciência e Tecnologia (Ibict/MCTI), com o patrocínio do Comitê Gestor da Internet no Brasil (CGI.br).

O empreendedor Miguel Trigo, doutor em ciência da informação e da comunicação e professor da Universidade Fernando Pessoa, de Porto (Portugal), lembrou a importância da atuação do profissional de inteligência competitiva, que passa a ser valorizado no cenário atual de grande quantidade de informações disponíveis na internet.

“Esse profissional será aquela pessoa que vai conseguir fazer um trabalho sério porque tem competência e conhece profundamente a organização para qual está trabalhando, além de ser uma pessoa ‘antenada’ com esse mundo novo das redes sociais e das tecnologias e com as tendências mundiais”, explicou Trigo. “É ele que vai possuir as ferramentas para ajudar a encontrar as informações certas, para chegar à pessoa certa, no momento certo, no formato certo, para se tomar a decisão certa”, acrescentou.

Já o especialista em consultoria e tecnologia para inteligência competitiva Leonardo Rios falou sobre a necessidade das empresas de acompanhar as mudanças para garantir a competitividade no mercado. Ele citou pesquisa da Revista Business Week, segundo a qual 77% dos gerentes correm risco de tomar decisões erradas por falta de informação.

Para ele, é preciso identificar as fontes disponíveis no mundo virtual e utilizar a tecnologia de modo a facilitar esse acesso. “No monitoramento das redes sociais existem ferramentas em que não é preciso ficar todo dia entrando no Twitter e no Facebook, por exemplo. São tecnologias que facilitam buscar especificamente o que se quer”, afirmou o vice-presidente da empresa Plugar, que monitora 2,5 mil sites, entre eles os de grandes jornais e de portais específicos na área de atuação do cliente.

Acesso à informação

A bibliotecária Neide de Sordi, membro da Sociedade Brasileira de Gestão do Conhecimento (SBGC), tratou sobre o acesso à informação como ferramenta importante para a cidadania. Neste aspecto, ela destacou a implantação recente da Lei de Acesso à Informação (LAI) no país. “No Brasil, desde a Constituição de 1988, e agora com a Lei de Acesso, estamos vivendo um momento de participação social”, frisou.

Segundo Neide, 90 países têm legislação que trata sobre o acesso à informação. “A lei brasileira traz uma inovação por adotar o princípio dos dados abertos”, ressaltou. Ela citou o levantamento divulgado recentemente pela Controladoria-Geral da União (CGU) que informa que, das 47 mil solicitações de informações solicitadas ao Poder Executivo federal, 94 % já foram respondidas nos seis meses de vigência da lei. A participante defendeu, ainda, a parceria da CGU com instituições que tratam com a gestão da informação e a regulamentação nos estados e municípios para aprimorar o processo.

Para a coordenadora do Canal Ciência do Ibict, Lena Pinheiro, a discussão do painel atendeu às expectativas ao trazer questionamentos e novidades na área. “Estamos num momento de grandes discussões porque é tudo absolutamente novo e baseado em tecnologia. O que queremos, de fato, é levantar algumas possibilidades, questões e diversas metodologias e ferramentas disponíveis e conseguimos esse resultado”, avaliou.

Além do congresso ibero-americano, o Ibict realiza, até quarta-feira (21), na capital, o 10º Workshop Brasileiro de Inteligência Competitiva e Gestão do Conhecimento e o 4º Seminário sobre Informação na Internet. Os eventos reúnem especialistas de empresas brasileiras e estrangeiras e discutem temas como a banda larga no Brasil, a relação dos jovens com as mídias digitais, a privacidade e as redes sociais, livro eletrônico (e-book), preservação digital, acesso aberto e direitos autorais.

Saiba mais no site dos eventos.

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

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