Coordenador do MCTI: "Dos BRICS, Brasil é o segundo que mais investe em P&D. Foto: Ascom do OIS
As empresas brasileiras precisam aumentar muito o volume de investimentos em inovação. A afirmação foi feita, nesta quarta-feira (14), pelo subcretário de Coordenação das Unidades de Pesquisa do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Arquimedes Ciloni, durante sua apresentação sobre o tema “Institutos de pesquisa como intermediários da inovação”.
Iniciado na segunda-feira (12) e encerrado hoje, o 5ª Open Innovation Seminar (OIS) – ou 5º Seminário de Inovação Aberta – é o maior encontro mundial do setor e tem o apoio do MCTI.
Na oportunidade, Ciloni lembrou que “o investimento em inovação no Brasil é realizado, principalmente, por recursos públicos, enquanto nos países mais desenvolvidos as empresas investem em centros de pesquisa próprios, além de firmar parcerias com universidades”.
O subsecretário analisou o investimento brasileiro em inovação no contexto internacional. "Se usarmos como referência o investimento em pesquisa e desenvolvimento [P&D] em relação ao PIB [Produto Interno Bruto], o Brasil fica em segundo lugar no Bric [sigla formada pelas iniciais dos países emergentes Brasil, Rússia, Índia e China] com maior investimento governamental, só perdendo para a Rússia”.
Ciloni observou que o país enfrenta dificuldades para se firmar como liderança internacional no desenvolvimento de projetos inovadores. “O Brasil caiu nove posições no ranking de inovação mundial, ficando no 47º lugar", relatou. "Isso denota que ainda temos muito a fazer para vencer o evidente degrau tecnológico que encontramos ao examinar a produção científica: atualmente somos o 13º país do mundo nesse quesito, podendo chegar à 18ª posição ainda nesta década.”
Integração
Já o coordenador de Capacitação Tecnológica do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), José Antônio Silvério, defendeu maior integração entre empresa e universidade, para o desenvolvimento de projetos inovadores no país. “Como o tempo de cada uma é bem diferente e o conhecimento acadêmico é produzido de forma dispersa, existe dificuldade para identificar as áreas de especialidade”, admitiu.
Silvério – que participou, na tarde desta quarta (14), da arena Ecossistemas de Inovação: o papel das universidades, parques tecnológicos, incubadoras e capital semente – também destacou a necessidade de sinergia entre pesquisa e o setor público. “Os parques tecnológicos, por sua vez, são locus (centros) de desenvolvimento regional e tem de interagir com as políticas municipais e estaduais para alavancar determinada região”, concluiu.
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Texto: Ascom do OIS (atualizada às16h07 de 16.11.12)