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Secretário Prata destaca importância da infraestrutura para inovação
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Secretário destaca importância da logística para a inovação. Foto: Zilene Rolim/Ascom do OIS
12/11/2012 - 20:53
O Brasil precisa investir mais em sua infraestrutura logística se quiser ampliar o número de projetos de inovação. A avaliação foi feita pelo secretário de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Alvaro Prata, durante a palestra de abertura, nesta segunda-feira (12), do 5º Open Innovation Seminar (OIS) – ou 5º Seminário de Inovação Aberta – em São Paulo. 

Ao comentar que a inovação passou a ser uma diretriz de governo, o secretário do MCTI destacou a importância de o setor público "direcionar recursos nessa direção”. Em sua participação, ele também enfatizou a necessidade de fortalecer e ampliar as parcerias internacionais.

“O Brasil tem deficiências que vão de infraestrutura logística precária a um baixo índice de inovação nos setores produtivos. Pela primeira vez, o país assumiu a inovação como uma de suas diretrizes, e essa postura possui impacto decisivo”, afirmou o secretário, acrescentando que “a inovação envolve riscos, sendo vista com ressalvas pelo setor privado, que depende diretamente dela. Quando o país assume essa bandeira de forma institucional e direciona recursos e esforços nessa direção, ajuda a mobilizar os outros atores a se envolverem também”.

As declarações de Prata foram reforçadas pelo diretor do Centro de Open Innovation-Brasil – organização não governamental responsável pela organização do OIS –, Bruno Rondani, para quem "o desempenho positivo do país no contexto internacional pode ser duradouro, desde que sejam aproveitadas as oportunidades que surgirem".

Competitividade

“O Brasil é encarado como grande mercado consumidor e, portanto, é para cá que as nações líderes voltam suas atenções, visando recuperar a competitividade abalada pela crise internacional. Devemos aproveitar esse momento para desenvolver a indústria a partir do investimento estrangeiro e apostar nas atividades de pesquisa, desenvolvimento e inovação [PD&I], que são o único modo de gerar competitividade no longo prazo”, analisou Rondani. 

Além de contar com representantes de empresas nacionais que investem em inovação aberta – como Telefonica, Natura e Petrobras – o evento reuniu líderes internacionais na observação e prática desse segmento. De acordo com o líder europeu na pesquisa do setor, Wim Vanhaverbeke, a inovação aberta deve ser pensada em todos os setores de produtos a serviços, incluindo as grandes e pequenas empresas.

“Tanto no Brasil quanto na Europa, esse ainda é um desafio, pois está ligado a uma mudança de cultura e a um entendimento que é difícil de ser alcançado. No caso das pequenas empresas, fazer parte de projetos de inovação aberta é muito produtivo, mas elas só se aceitam esse tipo de iniciativa quando enxergam os resultados em outras empresas”, comentou Vanhaverbeke.

Já a pesquisadora indiana Saras Sarasvathy ressaltou a necessidade de a colaboração se tornar parte da cultura do empreendedor, que tem papel fundamental na construção do mercado e na materialização da inovação. “A postura empreendedora que entende que a companhia está inserida em uma rede tem papel fundamental no avanço da inovação. Quando essa postura está também nos níveis de gestão das empresas, há um ganho significativo”, assinalou a acadêmica, eleita uma das 20 melhores do mundo na área de empreendedorismo pela revista Fortune Small Business.

Redes

Os especialistas apontam a criação de redes como fator de destaque na aceleração da inovação. Para o dinamarquês Gert Balling, que participou, às 12h, do painel sobre 'Como construir ambientes de transferência de conhecimento entre universidades e empresas", esses ambientes estão na base do enfrentamento do desafio de aumentar a transferência de conhecimento entre universidades e empresas. Convidado para o painel "O problema da integração de conhecimento interna e externa", o pesquisador Fredrik Tell, da Linkoping University, da Suécia,  citou a integração do conhecimento como fator chave para a geração da inovação, já que, segundo ele, "é nas interfaces multidisciplinares que estão as oportunidades".

Nesta terça-feira (13), a embaixadora Carmem Ribeiro Moura, chefe da Assessoria de Assuntos Internacionais do MCTI, participará da sessão de abertura do tema “Ecologia industrial: por uma indústria competitiva e sustentável”.  Em sua exposição, Carmem apresentará dados sobre a Estratégia Nacional de Ciência e Tecnologia (Encti) para o período 2012-2015. Nesse mesmo dia, o coordenador de Cooperação Multilateral do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Cassiano D’Almeida, falará sobre “Objetivos, primeiros resultados, expectativas e desafios para o programa Ciência sem Fronteiras”.

Leia mais.

Texto: Ascom do OIS


 

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