Esculturas com lixo eletrônico. Foto/Algusto Coelho
A imaginação transformou disquetes, celulares antigos, discos rígidos e placas de circuito em atrativas esculturas. Ao ajudar a filha em um dever de casa o gestor em tecnologia da informação das Forças Armadas Brasileiras (FAB), Gilberto Mendes, começou um hobby, a reciclagem de lixo eletrônico. Avião de teclado de computador, borboletas de disquete, pavão de CD, robôs de celulares e muitas outras esculturas de Mendes foram atração na 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília (DF).
Gilberto explica que a esculturas são criadas a partir da forma original do objeto, e que imaginar antes de colar ou amarrar as peças é importante para conseguir o resultado esperado. “O importante é se deixar levar pela imaginação, olhar o objeto de vários ângulos para poder utilizá-lo de formas diferentes”, afirma. Ele conta que vendeu algumas e que o valor dependeu mais da fama do que da mão de obra. Atualmente, seu acervo tem 146 peças. Com isso organizou oficinas para a Cooperativa de Reciclagem de Materiais São Vicente. “Futuramente, eles poderão apresentar e vender as esculturas, para a vida deles trará muito mais resultado” diz.
A iniciativa, que começou em abril de 2011, recebe apoio de divulgação da FAB que reserva um espaço em seu estante para demonstrações e oficinas com crianças e adultos. Além da criação é também trabalhada a conscientização quanto à quantidade de lixo eletrônico que produzimos. Juntamente com as explicações sobre reciclagem, são abordados temas sobre consumo consciente e a obsolescência perspectiva e programada.
A palestra Arte com Reciclável, realizada por Gilberto, fez parte da programação da 9ª SNCT. Nela, ele aprofunda questionamentos sobre a reciclagem usando como reflexão os vídeos: A história das coisas, As quatro loucuras da sociedade e Obsolescência programada.
Saiba mais sobre o projeto.
Texto: Thamy Ribeiro - Ascom do MCTI
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