Produção Agroecológica Integrada e Sustentável. Foto: Giba/Ascom do MCTI
O projeto da Produção Agroecológica Integrada e Sustentável (Pais), coordenado pela Fundação Banco do Brasil, apresenta na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT/DF) uma tecnologia social voltada para a erradicação da pobreza na zona rural. A iniciativa consiste na implantação de uma horta no formato de uma mandala e é destinada a famílias que querem fixar residência no campo, produzir alimento saudável e gerar renda.
Os clientes potenciais do projeto estão nos segmentos da agricultura familiar, assentados na reforma agrária ou pequenos produtores que têm, pelo menos, 70% da renda gerada pela produção agrícola. “No sistema circular da mandala, você economiza produtos e espaço, já que a irrigação é realizada por meio do gotejamento (mangueiras furadas em círculo)”, explica o expositor da organização não governamental (ONG) Rede Terra, Enio Ferreira. A instituição é parceira da Fundação Banco do Brasil (FBB) e aplica a tecnologia na região sul do entorno do Distrito Federal.
Segundo Enio Ferreira, o sistema é autossustentável. “As hortaliças amareladas ou murchas que não foram comercializadas são misturadas com ração para aves e geram um composto que serve de alimento para as galinhas. O esterco produzido pelas aves é misturado a terra preta ou casca de arroz e transforma-se em adubo orgânico.” Segundo o expositor da Rede Terra, o processo exige 30 dias para compostagem.
A fundação doa a estrutura para a produção inicial. Denominada “kit Pais”, é composta de madeira, galinhas, mangueiras, caixas, sementes e telas de proteção. “Toda a infraestrutura é agroecológica”. A estimativa do custo do kit para a FBB é de aproximadamente R$ 5 mil. O produtor não paga para solicitar sua inclusão no projeto.
A aposentada Maria dos Aflitos conta que em sua cidade de origem, Brejo do Maranhão (MA), existia um projeto semelhante, mas não havia orientação para que os produtores dessem sequência à proposta após receberem o material destinado à implantação da infraestrutura. Ela considera essa orientação o fator “principal para que as famílias não se percam por não saberem consolidar o que receberam”.
Texto: Ricardo Abel – Ascom do MCTI
Visite o site da SNCT 2012
Acesse a galeria de fotos da SNCT 2012