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Palestras e oficinas explicam como reaproveitar resíduos sólidos
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Estação de Metareciclagem. Foto: Giba/Ascom do MCTI
20/10/2012 - 10:23
Restos de material de construção, comida, papel, metal, roupas e de equipamentos eletrônicos. O que é possível fazer com todo esse Resíduo Sólido Urbano (RSU), popularmente chamado de lixo, resultante das atividades doméstica e comercial? Algumas opções para essa questão foram apresentadas em estandes e discutidas em palestras na Semana Nacional de Ciência Tecnologia (SNCT), nesta sexta-feira (19), no Pavilhão de Exposições do Parque da Cidade (ExpoBrasília), em Brasília (DF).

No estande da Estação de Metareciclagem de Samambaia (região administrativa do DF), os visitantes puderam participar de oficinas de hardware livre e construir o “Arduíno Severino” — uma placa de circuito elétrico que pode ser usada para controlar qualquer tipo de objeto — como carrinhos, por exemplo. A iniciativa faz parte do projeto da organiização não governamental (ONG) Programando o Futuro, que está recebendo doações de equipamentos eletrônicos (computadores e celulares) até domingo (21), quando termina a semana.

Segundo o coordenador da estação, Wesley Dias, os equipamentos recebidos serão  reaproveitados no projeto da organização, realizado em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB), que utiliza os aparelhos na realização de cursos profissionalizantes e faz a doação para entidades assistenciais e escolas públicas.

Capacitação

Dias explica que o projeto possui três vertentes. A primeira focada na capacitação de jovens e adultos em informática básica, montagem e configuração de computador. A segunda é voltada para o recondicionamento de computadores doados por pessoas físicas e jurídicas. Desta etapa, participam jovens, entre 16 e 24 anos, que recebem o valor de R$ 250, por mês, e são selecionados em famílias que vivem em regiões com baixo Índice de Desenvolvimento Humano (IDH).

A terceira vertente trabalha com o laboratório de lixo eletrônico para tratar os resíduos  – quando é feita a identificação, classificação, desmontagem e triagem – para, então, fazer o descarte adequado dos componentes.  O projeto funciona em Samambaia, desde junho do ano passado, e já formou cerca de 700 jovens nos cursos profissionalizantes. 

“Hoje é de grande importância ter a consciência da forma correta de dispensar esses lixos eletrônicos e, como costumo dizer, um computador recondicionado pode mudar a vida de uma pessoa e de uma família”, ressalta Dias, que é ex-técnico de manutenção em informática.

Palestras

Os interessados em obter mais detalhes sobre o reaproveitamento de resíduos sólidos tiveram a oportunidade de assistir palestras com especialistas da área realizadas no auditório Educação (Chico Mendes). O professor de química, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pedro Ramos da Costa Neto, falou sobre as consequências dos lixões para a saúde humana e para o meio ambiente; sobre o uso dos aterros sanitários e as possibilidades de geração de energia a partir dos resíduos sólidos.

“Existe potencial no Brasil para o aproveitamento de resíduos e existe tecnologia. Falta sistematização para conhecer melhor os resíduos da biomassa”, disse o especialista. “Hoje, um dos nossos maiores problemas para colocar isso em prática é o excesso de possibilidades no país para a geração de energia, especialmente com a descoberta do pré-sal”, destacou. 

Já a professora do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Mato Grosso, Juzélia Santos da Costa, em sua palestra “Artefatos de cimento produzidos com resíduos de construção e demolição” tratou sobre a legislação brasileira nesta área e apresentou projetos de aproveitamento de resíduos da construção civil desenvolvidos pela instituição.

“Segundo pesquisas do setor, 60% dos resíduos gerados numa cidade são oriundos da construção civil. A solução é não ter o resíduo, mas existindo tem que ser tratado como material novo, reciclar e reutilizar, principalmente em calçadas, jardins e garagens, nunca levá-los aos lixões”, destacou, ao lembrar o exemplo de cidades da Europa em que as empresas deste segmento são obrigadas a usar 30% dos resíduos provenientes de suas obras.

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI

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Outras Imagens
Oficina de hardware livre. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Oficina de hardware livre. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Professor de química, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pedro Ramos da Costa Neto. Foto: Giba/Ascom do MCTI
Professor de química, da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, Pedro Ramos da Costa Neto. Foto: Giba/Ascom do MCTI
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