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Sucesso do empreendedor depende de conhecimento intensivo
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Palestra sobre o “Papel da Ciência e da Tecnologia para o Empreendedorismo Inovador". Foto: Augusto Coelho/Ascom do MCTI
20/10/2012 - 09:30
Amplo conhecimento de mercado em que deseja atuar, formação e qualificação profissionais, além de um plano de negócio bem estruturado. Esses são alguns dos ingredientes essenciais para uma receita de sucesso do empreendedor, na visão do coordenador-geral de Serviços Tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (Setec/MCTI), Jorge Mario Campagnolo, que proferiu palestra, nesta sexta-feira (19), sobre  o “Papel da Ciência e da Tecnologia para o Empreendedorismo Inovador”, na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia no Distrito Federal.

“A maioria dos novos empreendimentos de sucesso corresponde a negócios baseados em tecnologia com uso intensivo do conhecimento”, assinalou Campagnolo, ao exibir estudo pelo jornal americano US Today “Global Entrepreneurship Monitor”, que aponta o Brasil como o país mais empreendedor do mundo, e o brasileiro como um empreendedor nato. No mundo contemporâneo, acrescenta ele, “o que determina a prosperidade de uma nação é sua capacidade de gerar conhecimento e utilizá-lo na produção de bens e processos com alto valor tecnológico agregado”.

Apesar da posição de destaque do país no cenário internacional, o coordenador do MCTI lembra que os índices de mortalidade das pequenas e microempresas brasileiras continuam muito elevados. O Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) aponta que 56% das empresas desses segmentos fecham as portas até o terceiro ano de funcionamento.

A um público formado predominantemente por alunos dos níveis médio e fundamental da rede pública de ensino, o coordenador do MCTI revelou que seis em cada dez (60%) estudantes universitários brasileiros pensam em abrir o próprio negócio, segundo pesquisa encomendada pela Endeavor e divulgada durante a Rodada de Educação Empreendedora Brasil 2012. Um sinal que confirma essa tendência é a inclusão do empreendedorismo nos programas curriculares de universidades e institutos tecnológicos.

Informação é o primeiro passo para o empreendedor bem sucedido, que deve pesquisar e conhecer tudo sobre o seu setor, o que pode ser obtido em jornais, revistas, associações, feiras, cursos, assim como junto a outros empresários do ramo, na internet ou com clientes e fornecedores potenciais. Um plano de negócio claro e objetivo deve conter dados dos empreendedores, experiência profissional e atribuições; informações do empreendimento; missão da empresa; setores de atividades; forma jurídica; enquadramento tributário; capital social e definição de fonte de recursos.

Exemplos de excelência

Como exemplos positivos de empreendedorismo, Campagnolo citou algumas empresas de excelência nacionais, como a Petrobras, que assumiu a liderança mundial na tecnologia de extração de petróleo e gás em águas profundas. “Essa conquista não foi casual, mas resultado de muito esforço de pesquisa e produção de conhecimento. A descoberta do pré-sal abre outro desafio para a estatal”, comentou. Outro exemplo é a Empresa Brasileira de Aeronáutica S.A (Embraer), multinacional brasileira que atua no segmento de aviação comercial regional, defesa e executiva. Como inspiração, Campagnolo cita uma famosa frase do físico Albert Einstein: “É muito importante não parar de questionar. A curiosidade tem suas próprias razões para existir. Nunca perca a sagrada curiosidade".

Apoio

Para consolidar sua ideia, o empreendedor conta com diversos apoios, como cursos de especialização a empresas juniores (universidades e institutos tecnológicos); pré-incubadoras (que transformam protótipos em negócios); programas de capacitação (Sebrae); além de parques tecnológicos e programas como o Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) e o Serviço Brasileiro de Respostas Técnicas (SBRT), que conta com financiamento do MCTI e presta atendimento online para tirar dúvidas sobre o que fazer com o empreendimento, visando montar de forma estruturada seu negócio. Campagnolo destaca que “em dez anos, o SBRT efetuou 17 mil respostas, encaminhando as solicitações para equipes especializadas”.

Também criado pelo governo federal, o programa Empreendedor Individual é um programa federal que reduz as burocracias para que os profissionais que trabalham por conta própria se legalizem como pequenos empresários, desde que seu faturamento não exceda a R$ 60 mil ao ano e não participem de outra empresa, nem mesmo como sócio. Todo o processo é feito pela internet, no site Portal do Empreendedor.

Quando é concluído, o cadastro, inteiramente gratuito, gera no mesmo instante o número de inscrição do solicitante na Junta Comercial e o Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ), que permitirá a abertura de contas em bancos, conseguir empréstimos e emitir notas fiscais. Outra vantagem é a inclusão do Empreendedor Individual no Simples Nacional, um programa do governo que dá isenção tributária do Imposto de Renda e Programa de Integração Social (PIS). De acordo com o Sebrae, apenas na primeira semana de janeiro deste ano, mais de 15 mil microempreendedores individuais, em todo o país, saíram da informalidade e legalizaram suas atividades.

Sibratec

O Sistema Brasileiro de Tecnologia (Sibratec) é outro instrumento importante para alavancar projetos empreendedores. Nas modalidades de extensão tecnológica, serviços tecnológicos e centros de inovação, o sistema contribui para que o negócio obtenha maior valor agregado ao faturamento, mais produtividade e maior inserção no mercado. Os serviços tecnológicos auxiliam o empreendedor a ajustar seus produtos aos mercados interno e externo e ao próprio processo produtivo, resultando em maiores índices de inovação. 

Para oferecer o serviço de extensão tecnológica, por exemplo, uma equipe ajudará o empreendedor a evitar desperdício de material e reduzir custos de produção. Essa modalidade inclui serviços tecnológicos oferecidos por uma rede de laboratórios (ensaios, calibrações). Campagnolo conta que existem atualmente 20 redes (que representam segmentos produtivos distintos) no país, que correspondem a centenas de laboratórios. 

Incubadora

O país dispõe hoje de 384 incubadoras, 2.640 empresas incubadas, 2.509 empresas graduadas e 1.124 empresas associadas, de acordo com dados apresentados por Campagnolo. Desde do início de funcionamento, em 2004, as empresas incubadas já criaram mais de 16 mil empregos; as empresas graduadas, outros 29.205 postos de trabalho.

O Programa Nacional de Apoio às Incubadoras de Empresas e Parques Tecnológicos (PNI), criado pelo MCTI, garante recursos ao setor, com o objetivo de congregar, articular, aprimorar e divulgar os esforços institucionais e financeiros de suporte a empreendimentos residentes nas incubadoras de empresas e parques tecnológicos. O PNI também contribui para garantir recursos de apoio à geração e consolidação de micro e pequenas empresas inovadoras.

Texto: Marcello Sigwalt – Ascom do MCTI
 

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Coordenador-geral de Serviços Tecnológicos da Setec, Jorge Mario Campagnolo. Foto: Augusto Coelho/Ascom do MCTI
Coordenador-geral de Serviços Tecnológicos da Setec, Jorge Mario Campagnolo. Foto: Augusto Coelho/Ascom do MCTI
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