Uso de galinheiros móveis no cafezal e a quantificação do ensino de música em cursos de dança foram alguns dos temas de trabalhos de iniciação científica apresentados por estudantes do Instituto Federal de Brasília (IFB) na sua 2ª Semana de Produção Científica realizada durante a 9ª Semana Nacional de Ciência e Tecnologia, em Brasília (SNCT/DF).
A abertura da semana de produção científica teve a presença do reitor do IFB, Wilson Conciani, que ressaltou as conquistas dentro do ensino técnico e o quanto estamos equivalentes a alguns países europeus nesse campo. “Os institutos estão preparados para gerar conhecimento prático para nós e para os outros; é a sustentação do conhecimento local” explica o reitor.
A primeira apresentação foi do aluno Acácio Alves Machado, que mostrou experimento feito no campus de Planaltina (DF), onde foram testadas formas sustentáveis de diversificar a produção da agricultura familiar local. A solução apresentada foi a de um galinheiro móvel com galinhas que permanecem quatro dias em cada parte do cafezal, tempo suficiente para elas esgotarem as plantas espontâneas e antes de prejudicarem o solo. O sistema permite ainda a produção de adubo natural, a redução dos insetos e do uso de agrotóxicos, resultando em um produto mais orgânico.
“É importante lembrar que a diversidade de produtos como ovos e carne ajuda a fixar o produtor no campo, evitando-se, assim, o êxodo rural” explica Acácio, que cursa o 4º semestre de agroecologia. Ele dissertou ainda sobre a qualidade de vida dos animais, observando que não houve aumento do estresse das galinhas.
O segundo trabalho foi apresentado pelas alunas Danielle Rodrigues e Lidiane da Silva Ramos, do campus de Brasília (DF), em que o tema foi “Metodologia de ensino musical para o curso de licenciatura em dança”, um estudo qualitativo sobre a necessidade da disciplina de música na formação de dança. Elas pesquisaram também a quantidade de estudantes de dança que avaliam se o estudo da música é importante ou não na grade curricular. “A nossa pesquisa revela de forma ampla que os alunos consideram importante o estudo musical para profissionais de dança. Em algumas universidades, é matéria optativa”, explica Danielle.
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Texto: Thamy Ribeiro – Ascom do MCTI