Hábitos alimentares saudáveis começam desde cedo e têm efeito multiplicador na sociedade. Esse conceito de sustentabilidade foi transmitido pelo Centro de Excelência em Turismo da Universidade de Brasília (CET/UnB), por meio de oficina do programa Educando com a Horta Escolar e Gastronomia no Espaço Hortas Pedagógicas e Agroecologia. A atividade foi realizada hoje (16), primeiro dia da 9º edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), no Distrito Federal.

 Pela primeira vez na SNCT, cerca de 20 alunos do Centro de Ensino Fundamental (CEF) 213, no setor Norte de Santa Maria (DF), receberam informações da oficina oferecida pela gastrônoma Tainá Zaneti. Ela fez diversas demonstrações sobre aproveitamento dos alimentos, oferecendo alternativas de manuseio e corte que não implicam perda nutricional, além de apresentá-los de forma mais atraente para o consumo. Para a gastrônoma, o melhor uso dos alimentos, mais do que uma questão de saúde, é também de sustentabilidade. “A adoção de uma cultura alimentar sustentável permite que a população tome mais contato com a produção agrícola e biodiversidade locais, além de contribuir para a menor ocorrência de casos de câncer, doenças cardíacas e obesidade precoce”, argumentou.

Segundo a coordenadora do programa do CET/UnB, Ana Rosa dos Santos, a intenção é tornar cada aluno um multiplicador dos conceitos de sustentabilidade alimentar aprendidos nas oficinas. “Queremos estimular a percepção sensorial dos alimentos e o desenvolvimento de uma consciência em torno de hábitos alimentares”, afirmou.  Desde o início, em abril deste ano, o programa Educando com a Horta Escolar e Gastronomia já capacitou estudantes em 170 municípios em todo o país.

Para auxiliar na demonstração, a gastrônoma Tainá convidou a professora do CEF 213, Katia Martins Inor, para manipular os alimentos. “Essa experiência servirá de inspiração para futuros trabalhos, redações e comentários em sala de aula que reforçam o conceito de sustentabilidade”, afirmou. Katia promoveu na sala de aula, em setembro último, a oficina “Sala dos Sentidos”, concebida para estimular o tato, audição ou paladar dos alunos de sua turma, mediante o contato com diversos tipos de materiais (tampas de garrafas pet, lã de aço), ou de alimentos (jiló, maxixe, macarrão e quiabo). “Sem dispor da visão, alguns deles se assustaram por não reconhecer corretamente o material ou substância que tocavam.”

Aluno da 7ª série do CEF 213, Lucas Wagner Silvio Cesar, 16 anos, admitiu estar muito animado com a semana, da qual participa pela primeira vez. “É uma coisa nova para mim, mas estou gostando muito”, disse. Seu colega de turma, Lucas Thales Alles, entende que o trabalho realizado pela UnB ajuda os alunos a compreenderem a importância da busca pela qualidade de vida. 

 Texto: Marcello Sigwalt -- Ascom do MCTI