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Observatório Nacional comemora 185 anos com atividades variadas
15/10/2012 - 19:36
O Observatório Nacional (ON/MCTI) comemora, nesta semana, seus 185 anos com  uma programação variada. Entre as atrações, estão o projeto ON Portas Abertas, que incentiva a observação do céu pela luneta 46 – a maior do Brasil – além de visitas ao local que calcula a hora oficial brasileira e a realização de palestras do fórum “A contribuição da Geofísica para Pesquisa e Desenvolvimento (P&D) em petróleo e gás”, entre outras atrações.

Na manhã desta terça-feira (16), o fórum reunirá professores especialistas em estudos geofísicos de empresas (Petrobras e British Gas), e da Agência Nacional do Petróleo (ANP). À tarde, outros dois representantes da Petrobras proferirão palestras sobre os temas "Tectônica global e sistema petrolíferos" e "Os desafios e oportunidades da geofísica no monitoramento de reservatórios". Um representante da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ) falará sobre "Avanços e desafios da exploração de petróleo na geologia e geofísica de margens continentais";

 História

A antiga localização do ON, no Morro do Castelo, no Rio de Janeiro (RJ), permitia observar a hora exata que os navios atracavam e partiam das águas da Baía da Guanabara. Na época, esse momento era medido pela observação da posição dos planetas. Daí a ligação entre a astronomia e a hora do Brasil, instituída oficialmente em 1914 e que sempre ficou a cargo da instituição, que também prestava serviços de geofísica às embarcações. Isso porque a navegação com bússolas requer cartas magnéticas sempre atualizadas, com o objetivo de verificar o norte geográfico a partir do norte magnético para o qual o instrumento aponta. A elaboração dessas cartas é um dos trabalhos da geofísica até hoje.

Foi em 1922 que o ON se transferiu para o Morro de São Januário, em São Cristóvão, onde está até hoje. Três anos depois, Albert Einstein esteve no Rio de Janeiro, de 4 e 11 de maio de 1925. No dia 9, ele fez uma visita ao campus da instituição, onde foi recepcionado pelos astrônomos brasileiros que haviam participado da observação do famoso eclipse de Sobral, em 29 de maio de 1919. Essa observação foi uma das mais importantes de toda a história da astronomia porque comprovou a Teoria Geral da Relatividade, que havia sido formulada quatro anos antes por Einstein.

Na década de 1970, um projeto do ON para instalar um moderno observatório astrofísico teve o financiamento aprovado pela Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI) e resultou, em 1981, no Observatório Astrofísico Brasileiro (OAB). Quatro anos depois, porém, o OAB foi desmembrado do ON, dando origem ao atual Laboratório Nacional de Astrofísica (LNA/MCTI). Esse laboratório mantém o Observatório Pico dos Dias, em Brazópolis (MG) onde está o telescópio com um diâmetro de 1,6 metro - o maior do Brasil -  em funcionamento até hoje.

A partir de  2004, o ON passou a produzir receita própria pela primeira vez em sua história. A área de Metrologia em Tempo e Frequência é responsável por um produto que tem sido cada vez mais requisitado: o carimbo de tempo. Somado à inviolabilidade do conteúdo e à autenticidade do remetente, esse carimbo é uma das três variáveis-chave do processo de certificação digital. .

Pioneirismo

O Observatório Nacional é pioneiro nas observações do diâmetro do sol, desde 1977. Ele possui um heliômetro inovador e sem similares no mundo, construído com apoio da Finep/MCTI. Já a área de geofísica tem avançado muito principalmente com projetos relacionados a reservas subterrâneas de água e petróleo, invariavelmente com apoio da Petrobras. O ON oferece cursos de mestrado e doutorado em Astronomia/Astrofísica e Geofísica já tendo acumulado mais de 170 teses defendidas.

Desde 1996, a unidade de pesquisa do MCTI organiza Ciclo de Cursos Especiais, em nível avançado e com duração de uma semana. Para a comunidade, a instituição também promove, gratuitamente, uma série de cursos durante o ano. O Curso de Astronomia no Verão, por exemplo, está completando 15 anos. Ele é voltado para professores e estudantes de segundo grau e interessados em geral que são apresentados, durante uma semana, ao que há de mais moderno na observação do universo.

O ON tem ainda uma biblioteca que começou a ser constituída antes mesmo da sua fundação, em 1826, na Escola Militar. Atualmente, o acervo especializado é de aproximadamente 15 mil livros, 400 títulos de periódicos, além de teses e obras de referência, como dicionários e catálogos. Uma das publicações que pode ser encontrada ali é a Efemérides Astronômicas. Há mais de um século editada ininterruptamente, ela hoje se chama Anuário do Observatório Nacional e é uma referência obrigatória que reúne os fenômenos astronômicos previstos para o ano.

Brasília

No seu primeiro século de existência, o trabalho mais importante do Observatório Nacional foi a demarcação de parte das fronteiras do Brasil e a expedição ao Brasil Central, entre 1892 e 1896, para a escolha do local onde se planejava construir uma nova capital: Brasília. Décadas depois, a capital do país foi construída neste local, batizado de “Quadrilátero Cruls” em homenagem ao então  diretor do ON, Louis Ferdinand Cruls, que liderou a expedição.

Leia mais.

 Texto: Ascom do ON/MCTI

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