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Instituto Mamirauá captura aves para conhecer rota migratória
28/09/2012 - 17:38

Conhecer a rota migratória e a reprodução das aves da Reserva Mamirauá é o objetivo da pesquisa desenvolvida pela bióloga Bianca Bernardon, do Grupo de Pesquisa em Ecologia de Vertebrados Terrestres do Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM). Desde agosto, o grupo captura gaivotas, gaivotinhas e corta-águas na reserva, no Amazonas. Foram capturadas 168 aves adultas naquele mês, e 31 adultos e 108 filhotes em setembro.

“A baixa das águas no médio rio Solimões atrai um grande número de aves aquáticas para suas praias. Na cheia, entretanto, há uma redução extrema ou ausência de espécies, sem que seja conhecido o destino da maioria”, explica Bianca. Os dados coletados vão permitir investigar se as aves retornam para a mesma praia em que nasceram ou se reproduziram nos anos anteriores, mesmo sob pressão da exploração humana ou predação dos ovos e filhotes.

As atividades de captura das aves adultas são realizadas à noite, quando a temperatura ambiente é menor, causando menos impacto às aves. No período noturno, elas também têm dificuldades para ver as redes. Os animais são recolhidos assim que caem na armadilha para obtenção de dados biométricos como peso e comprimento da cabeça, da asa e do bico, entre outros. Após essa coleta de dados, os animais são soltos.

Cada ave recebe um anel de metal, que possui um número de identificação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres (Cemave/ICMBio). Esses dados são armazenados no banco de dados do Sistema Nacional de Anilhamento de Aves Silvestres (SNA). Quando outro pesquisador capturar essa mesma ave, em outra parte do Brasil ou da América do Sul, ele vai anotar o número e o Instituto Mamirauá poderá conhecer a rota de migração das espécies.

Outra atividade da pesquisa é o monitoramento dos ninhos. Com esse controle será possível reunir informações sobre o período de incubação e a permanência dos filhotes, além de aspectos externos como predação natural ou humana. Moradores e usuários da Reserva Mamirauá podem contribuir com a coleta de dados. Leia mais.

O IDSM é uma organização social supervisionada pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).

 

Texto: Eunice Venturi, com colaboração de Lígia Apel – Ascom do IDSM

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