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Sessão de seminário da Anprotec discute futuro do empreendedorismo
21/09/2012 - 22:33
Qual é o futuro do empreendedorismo inovador nos próximos 25 anos? A questão foi o mote da última sessão plenária do 22º Seminário Nacional de Parques Tecnológicos e Incubadoras de Empresas, na quinta-feira (20), em Foz do Iguaçu (PR). O evento foi organizado pela Associação Nacional de Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec).

O coordenador de Serviços Tecnológicos da Secretaria de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Setec), do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Jorge Mario Campagnolo, foi um dos participantes. A sessão, que se referenciou nos 25 anos de existência da associação, reuniu quatro visões diferentes que integram o movimento de empreendedorismo inovador: a dos gestores dos ambientes de inovação, a dos empresários, a das universidades e a do governo.

A discussão foi mediada pela presidenta da Anprotec, Francilene Garcia. Participaram, também, o diretor executivo do Sapiens Parque, José Eduardo Fiates; o reitor de Universidade Federal de Itajubá, Renato de Aquino Farias Nunes; o presidente da empresa graduada FK Biotec, Fernando Kreutz. “Precisamos ver o que está por vir em termos de modelo e sustentabilidade para os ambientes de inovação”, disse Francilene. “Além disso, temos que ver o panorama mundial: que avanços as incubadoras e parques de fora têm alcançado.”

Fiates foi o primeiro a se apresentar. Ele apontou, baseado em pesquisas internacionais, os cenários dos parques tecnológicos para os próximos anos. O diretor do Sapiens Parque afirmou que os parques do futuro terão que possuir “laboratórios vivos”, desenvolver suas próprias marcas, servir como hotéis de laboratórios e oferecer facilidades à população das cidades, dentre outros aspectos. “O movimento de empreendedorismo inovador se desenvolveu no Brasil de maneira diferente da Europa. Aqui, desde o início começamos a atuar com incubação e promoção do empreendedorismo. Lá, o foco inicial foram os parques tecnológicos e a incubação é um desafio para eles, enquanto para nós isso é natural”, observou.

O reitor da Unifei, Renato Nunes, destacou a necessidade de mudar a cultura universitária, que, segundo ele, ainda não percebe a importância do empreendedorismo e dos ambientes de inovação. “Se a nossa universidade [Unifei] sai do parque que está sendo construído, ele fecha. Precisamos da cultura da inovação. Isso não é natural nos líderes acadêmicos”, comentou.

A importância da internacionalização das empresas e de um marco legal para dar base à atuação dos investidores-anjo foi tratada pelo executivo Fernando Kreutz. “Temos muita expectativa da sociedade, enfrentamos uma competição tecnológica global, temos um novo modelo de interação entre países. São muitos desafios”, disse.

Seletividade

O representante do MCTI, Jorge Mario Campagnolo, finalizou a sessão. Destacou que os recursos para investimento em parques e incubadoras são limitados e que o governo precisa ser seletivo na hora de alocar recursos. “Recebemos muita demanda de parques. Devemos investir em novos projetos ou naqueles estruturados que estão dando certo? É uma dúvida que enfrentamos”, relatou.

Ele concordou com a importância de mais engajamento ao tema no meio acadêmico e citou também, como desafios, a segurança jurídica para atração de capital privado para os parques e o alinhamento destes com as estratégicas locais, regionais e nacionais.

Campagnolo informou que o MCTI está estruturando um programa de apoio direto a empreendedores, tendo como base os núcleos de inovação tecnológica (NITs), para financiar empresas e projetos ainda na fase de pré-incubação, ou seja, no início. “Temos perspectivas boas para o futuro do movimento”, concluiu.

Leia mais sobre o evento.

Texto: Ascom da Anprotec

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