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Alunos encontram reconhecimento e motivação na matemática
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Alguns dos medalhistas com a presidenta Dilma na premiação da Obmep. Foto: Roberto Stuckert Filho/PR
28/08/2012 - 15:03

“A matemática é um método que vocês têm agora para usar na vida e em qualquer atividade. Eu diria que ela é a irmã da ciência”, disse o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, aos estudantes premiados com medalha de ouro na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep) em cerimônia nesta segunda-feira (27), no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. O titular do MCTI, que tem formação em matemática, ressaltou a importância do esforço empreendido para a abertura de portas e perspectivas profissionais.

Entre os alunos que escutaram a mensagem do ministro estava o jovem Gerson Tavares de Souza, 22 anos, primeiro a conquistar quatro medalhas de ouro na olimpíada, sendo a última em 2008. Hoje, o paulista estuda engenharia elétrica na Universidade de São Paulo (USP) e trabalha numa empresa de automação industrial que atua na torre de lançamento de satélites de Alcântara (MA).

“Antes de participar da olimpíada eu não tinha nenhuma perspectiva do que fazer na vida, sem ela não teria tido o conhecimento e o incentivo para estudar numa faculdade”, declarou. “A Obmep mostrou o universo da ciência e que ela pode escrever melhor o mundo”, acrescentou o medalhista.

Seguem o mesmo caminho as irmãs gêmeas Marly e Marisa dos Reis Cantarino, 18 anos. Na cerimônia, elas chamaram a atenção dos jornalistas ao carregar no peito as medalhas conquistadas desde a primeira edição da Obmep, em 2005. As meninas, de Rio Grande da Serra (SP), não participam mais da olimpíada a partir deste ano. Marly, que recebeu a quinta medalha de ouro, cursa engenharia química na faculdade Oswaldo Cruz, com bolsa do Programa Universidade para Todos (Prouni), do governo federal.

Iniciação científica

As gêmeas contam que foi no Programa de Iniciação Científica (PIC), oferecido aos medalhistas, que descobriram seu verdadeiro talento para os números. “Tanto que hoje faço o curso de engenharia aplicada e computacional na USP e é realmente o que eu gosto, e quero continuar nisso pelo resto da minha vida”, disse Marisa.

O filho de pescador Indiana Jhones, 19 anos, que ficou conhecido pelo nome do personagem de filmes de aventura e pela facilidade com os números, não escondia a emoção de ter viajado de avião, conhecido o Rio de Janeiro e sido premiado finalmente com a medalha de ouro após uma menção honrosa e duas medalhas de bronze.

Indiana também atribuiu o desempenho ao apoio recebido no Programa de Iniciação Científica. “Ele me incentivou ainda mais a gostar da matemática”, contou. “Pretendo agora fazer uma faculdade de matemática e me tornar um professor para tornar outros alunos medalhistas assim como eu. Esse é o meu sonho.”

A trajetória do rapaz foi citada pela presidenta Dilma Rousseff no evento de ontem. “Como o herói do cinema, ele tem uma aventura e um desafio agora pela frente”, comentou. “O caminho do Brasil passa pela vida de cada um de vocês, sendo bons profissionais, cientistas, tecnólogos, inovadores, professores. Isso vai permitir que o Brasil cresça num caminho de desenvolvimento”, disse.

Leia mais sobre a cerimônia de premiação no Rio e sobre a trajetória de medalhista que só pôde frequentar escola após os 16 anos.

 

Texto: Denise Coelho – Ascom do MCTI
 

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