Raupp, Virgilio, o ministro de C&T de Moçambique, Venâncio Simão e o presidente do Porto Digital, Chico Sabóia, no lançamento do TI Maior em PE foto: Daniela Nader
24/08/2012 - 17:09
Quatro dias após ser lançado em São Paulo, o Programa Estratégico de Software e Serviços de Tecnologia da Informação (TI Maior) foi apresentado hoje à tarde à comunidade científica de Pernambuco pelo ministro Marco Antonio Raupp. Com investimentos de aproximadamente R$ 500 milhões até 2015, a iniciativa visa impulsionar o mercado nacional de software e de Tecnologia de Informação (TI), em que o governo federal participa como agente facilitador de negócios.
O projeto nacional foi detalhado durante uma solenidade seguida de coletiva de imprensa no auditório do Porto Digital do Recife, escolhido por ser um reconhecido polo de desenvolvimento em TI.
Encarregado da apresentação técnica do programa, o secretário de Política de Informática do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação, Virgilio Almeida, explicou que o programa estratégico prevê investimentos em quatro eixos: fortalecimento setor de software, criação de empregos, fortalecimento das empresas de TI e facilitação de pesquisas avançadas no setor. “Nossa missão é oferecer um norte e estabelecer os pontos importantes. O governo age como maestro de uma orquestra, tentando reger os elementos importantes. Nós não vamos criar nada, somos facilitadores. As empresas é que vão criar", acrescentou Almeida.
Desenvolvido durante 14 meses, o plano foi lançado após consultas a experiências de outros países. No foco do TI Maior, estão setores dinâmicos como petróleo e gás, mineração, agronegócio, além dos serviços essenciais como defesa, saúde e educação.
Certics
Umas das novidades anunciadas pelo Ministério é a Certificação em Tecnologia Nacional em Softwares e Serviços (Certics), que estabelece uma metodologia de avaliação de softwares elaborados com tecnologia nacional e deverá facilitar a participação das empresas em concorrências públicas.
Além disso, o Certics contribuirá para ampliar a base tecnológica nacional e na capacitação de profissionais com meta de treinamento de 50 mil jovens do ensino médio em todo o País, sendo 1,2 mil em Pernambuco na primeira etapa. Outra linha de ação é o Programa Nacional de Aceleração de Startups, que terá inicialmente quatro empresas aceleradoras de desenvolvimento.
O ministro Marco Antonio Raupp esclareceu que o governo federal não pode se omitir de ajudar a iniciativa privada. “Ainda precisamos desenvolver dentro do governo algumas ações de marco legal. Os empresários querem que o governo intervenha, não paternalisticamente, mas como facilitador. Não existe inovação sem software", concluiu. Após uma coletiva de imprensa, o ministro seguiu até o Centro de Tecnologias Estratégicas do Nordeste (Cetene), onde visitou as instalações.
Texto: André Duarte – Ascom do MCTI
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