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Missão trará dados sobre fenômeno que afeta satélites
23/08/2012 - 14:51
Os dados obtidos por sondas que serão lançadas nesta sexta-feira (24) pela Nasa devem aperfeiçoar os estudos sobre a Anomalia Magnética do Atlântico Sul (Amas), fenômeno da ionosfera localizado acima da região Sudeste capaz de provocar danos a satélites.

O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) mantém parceria com a agência espacial americana em estudos de clima espacial e, a partir de novembro, será responsável pela aquisição de dados da missão Radiation Belt Storm Probes (RBSP), composta pelas duas sondas que irão monitorar o Cinturão de Van Allen, assim chamado em homenagem ao cientista que descobriu na década de 1950 esse campo magnético ao redor do planeta.

Para estudar as ondas eletromagnéticas e o cinturão de radiação, composto por duas faixas – uma localizada entre 2.200 e 5 mil quilômetros (km) e outra, entre 13.000 e 55.000 km da superfície da Terra –, as duas sondas da missão RBSP serão posicionadas em órbita equatorial em faixa entre 500 km a até quase 40.000 km de altura. Após o período de calibração dos sensores, os dados começarão a ser transmitidos regularmente às estações terrestres, entre elas a do Inpe, situada em Alcântara (MA).

Durante pelo menos dois anos, cientistas do mundo inteiro terão acesso às informações, que permitirão, pela primeira vez, um monitoramento mais completo da Amas e do fenômeno de precipitação de partículas elétricas que atinge a região.

Informação precisa

“Estas sondas possuem sensores e instrumentos muito avançados. A missão permitirá a aquisição de informações mais precisas para monitorar o efeito das partículas elétricas do Cinturão de Van Allen na região da anomalia”, comenta o pesquisador Walter D. González, da Divisão de Geofísica Espacial do Inpe. “Para ter ideia das consequências do fenômeno, o satélite que passa nessa região precisa ter alguns equipamentos desligados para evitar problemas no seu funcionamento.”

Em setembro, o instituto receberá o líder da missão RBSP, David Sibeck, para discutir resultados de estudos sobre clima espacial e os impactos da Amas, bem como sua relação com as tempestades geomagnéticas, causadas pela emissão de partículas muito energéticas e campos magnéticos muito intensos emitidos pelo Sol que atravessam o meio interplanetário e interagem com o campo geomagnético da Terra.
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                                                                                                                    Texto: Ascom do Inpe
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