C A-    A+ A    A    A
   buscar    busca avançada Mapa do site Fale Conosco  
   

imagem
CNPq e INPI debatem desafios da inovação
Clique para ver todas as fotos de CNPq e INPI debatem desafios da inovação
Presidentes Jorge Avila (INPI), Glaucius Oliva (CNPq) e Jorge Almeida Guimarães (Capes) participam de mesa redonda
30/07/2012 - 12:29
Cenários nacionais e internacionais da ciência e tecnologia, avanços e fragilidade no campo da inovação, propriedade intelectual e desafios para superar as novas contingências da economia globalizada com alta competitividade. Estes foram os principais temas apresentados durante a mesa redonda Open Innovation INPI e CNPq, promovida pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e pelo Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), durante a 64ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), no campus da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), em São Luís (MA).

Ao falar sobre o cenário de crescimento da ciência na última década, o presidente do CNPq, Glaucius Oliva, destacou que ocorreu, nesse período, a ampliação do número de pesquisas e de artigos científicos no país, assim como a expansão do número de professores com doutorado nas instituições de ensino superior, além de elevação nos quantitativos de ingressos na graduação e de currículos na Plataforma Lattes.

Ao mesmo tempo, Glaucius apontou o baixo número de patentes brasileiras registradas no escritório americano e o comparativo da capacidade de investimento em ciência e tecnologia do Brasil com a Coréia do Sul, o Japão, a Alemanha e os EUA. “Na última década, dados apontam que estamos aprofundando nossa dependência tecnológica. Temos dificuldades na balança comercial brasileira em cinco setores considerados de média e de alta intensidade tecnológica, como farmacêutico, tecnologias da informação e comunicação, complexo industrial da saúde, química e máquinas e equipamentos”, assinalou.

Open innovation


Entre os maiores desafios do setor, Glaucius Oliva destacou: a qualificação de pessoal para inovação e investimento em inovação pelas empresas, a atração de talentos para a ciência, a melhoria da educação básica e da percepção da sociedade sobre o valor e a importância da ciência. “A ciência brasileira não pode se abster de olhar de frente para esses desafios e enfrentá-los. Para que seja rico e sem pobreza o país precisa inovar efetivamente”, condicionou.

Glaucius também chamou atenção para a necessidade de estimular a open innovation, que significa procurar competências complementares fora do ambiente institucional ou empresarias e desenvolver projetos conjuntos. “Quero inovar, não sei fazer sozinho e vou procurar fora de onde estou outro ator para desenvolver projetos conjuntos, por meio de licenciamento de opção, acordos de financiamento de pesquisa, criação de empresas dentro de centros universitários, realização de chamadas de projetos por empresas, estágios, consultorias, doações por empresas, entre outras”, disse.

Já o presidente do INPI, Jorge Ávila afirmou que o Brasil é um país de industrialização tardia, baseada na aquisição de competências tecnológicas desenvolvidas no exterior. "Nós temos que enfrentar a realidade de um processo histórico. Não houve um ambiente de estímulo ao processo de inovação”. Segundo Ávila, “é natural que se parta de um processo de industrialização imitativo para a inserção de modelo baseado na inovação no campo da propriedade intelectual. Para construir o ambiente adequado é necessária a compreensão da maneira como o processo inovativo se dá no mundo, e a open inovation não é uma escolha, mas uma contingência", analisou.

Leia mais.

                                                                                                                    Texto: Ascom do MCTI – Site do CNPq
Esplanada dos Ministérios, Bloco E,
CEP: 70067-900, Brasília, DF Telefone: (61) 2033-7500
Copyright © 2012
Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação