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Inpe participará de programa europeu
28/06/2012 - 16:37
O modelo brasileiro de previsão da qualidade do ar, criado pelo Centro de Previsão do Tempo e Estudo Climáticos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Cptec/Inpe) passará a integrar o programa Europeu de Cooperação em Ciência e Tecnologia ou European Cooperation in Science and Technology (COST).

A aprovação do modelo nacional de previsão torna o Brasil o primeiro país da América do Sul a participar do programa europeu “Ação ES1004: Sistema europeu para a modelagem integrada online de qualidade do ar e meteorologia” (https://eumetchem.info), ao lado de Israel e Estados Unidos.

Entre os modelos que participam do COST estão o WRF (do NCAR, Estados Unidos), COSMO (desenvolvido por instituições de países europeus), HIRLAM (Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo) e Meso-NH (instituições francesas ligadas ao CNRS).

Oportunidade

Para o coordenador do Grupo de Modelagem da Atmosfera e Interfaces (Gmai) do Cptec/Inpe, Saulo Freitas, esta é uma grande oportunidade para aperfeiçoar o modelo meteorológico acoplado ao de química da atmosfera (Brams), utilizado operacionalmente pelo Cpetc para prever a qualidade do ar.

“Os pesquisadores do Gmai terão a oportunidade de discutir e ampliar os entendimentos científicos e tecnológicos que se situam ao longo de todas as etapas por trás da modelagem: do conhecimento dos processos físico-químicos da atmosfera até a geração das previsões”, afirmou Freitas. Estas etapas incluem a parametrização – definição dos fenômenos considerados essenciais à previsão – e o desenvolvimento de códigos computacionais.

Para ser testado e avaliado, o modelo do Cptec/Inpe deverá ser adaptado às condições da Europa. O coordenador do Gmai explicou que uma das dificuldades do grupo é a falta de dados observados de química da atmosfera para avaliar o modelo, realidade totalmente diferente à encontrada na Europa, provida de ampla rede de dados.

Freitas adiantou que pretende levar ao programa europeu a preocupação brasileira com os efeitos dos aerossóis (originados principalmente a partir da fuligem das queimadas) e do balanço de energia (radiação térmica), cujos impactos afetam o clima e os regimes de chuva. Nas grandes metrópoles, a poluição e o aquecimento estão correlacionados com o aumento da incidência de chuvas intensas e rápidas, que provocam instabilidade na rede de energia elétrica, inundações, entre outros problemas urbanos.

Desenvolvido e mantido por uma pequena equipe de pesquisadores, o modelo de previsão do Gmai conquistou importantes vitórias e menos de dez anos de funcionamento. O coordenador do grupo assinala que o Centro Nacional de Pesquisas Atmosféricas (Ncar), dos Estados Unidos, incorporou o modelo de emissão e transporte de poluentes do modelo Brams do Cptec/Inpe ao seu modelo meteorológico (o WRF), cujo desempenho é considerado um dos melhores do mundo.

A iniciativa foi seguida também pelos ingleses com o modelo climático do MetOffice, o Hadgen. O Centro Europeu de Previsão a Médio Prazo (ECMWF), por sua vez, destacou recentemente a iniciativa do modelo brasileiro de incorporar dados de queimadas aos modelos de monitoramento e previsão da qualidade do ar.

Leia mais.


                                                                                                                                                                        Ascom do INPE

 

 

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