O estudante Marcos Vinicius Amorim, de 19 anos, estampa no peito suas medalhas, conquistadas com um projeto para transformar garrafas PET, um dos lixos mais comuns do ambiente urbano, em uma peneira molecular que aumenta a viabilidade de combustíveis alternativos e menos poluentes, como o gás natural veicular (GNV) e o hidrogênio. O trabalho pode ser conhecido no Espaço Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, no Armazém 4.
Marcos, técnico em química do Colégio de Aplicação Emmanuel Leontsius, do Rio de Janeiro, já foi premiado em diversos eventos de calibre internacional. Vitorioso em edições da Feira Brasileira de Ciências e Engenharia (Febrace), foi indicado para concorrer na Intel Ifes, um dos mais prestigiados prêmios do mundo, e levou uma menção honrosa. No espaço Pop Ciência, o jovem cientista também fez bonito e impressionou o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp.
O processo inventado por Marcos envolve a hidrólise do polímero da garrafa PET, que se torna um farelo. “Assim se torna possível você reduzir o tamanho dos cilindros de GNV e manter o mesmo volume de gás”, explicou Vinicius. “Com um tanque do mesmo tamanho, você ganha um volume nove vezes maior.”
O projeto também é viável economicamente, afirma o criador. “Com 20 mil garrafas PET, eu consigo 1 tonelada desse produto”, avalia Vinicius. “Isso acaba viabilizando mais alternativas mais limpas, como o GNV ou até mesmo o hidrogênio, que é mais limpo ainda.”
Acompanhe a participação do MCTI na Rio+20. Texto: Gerhard Brêda – Ascom do MCTI