O Código Florestal tem sido amplamente debatido entre acadêmicos, governantes, ruralistas e os outros setores da sociedade. A palestra do secretário da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), José Antonio Aleixo da Silva, ministrada na Arena de Debates, mostra como o conhecimento científico pode ser base para uma legislação que contemple as reais necessidades do desenvolvimento e da natureza.

O representante da SBPC entende que a criação de áreas de preservação permanente é fundamental para evitar o esgotamento dos solos e impedir desastres naturais. “Utilizando tecnologia geoespacial, é possível mapear as áreas que devem ser mantidas com a vegetação nativa a todo o custo, como, por exemplo, à beira de rios e no topo dos morros. Isso impede que o solo fique encharcado e os rios transbordem”, explicou.

Para atestar que a preocupação com a preservação ambiental é antiga, Aleixo exibiu um documento escrito em 1537 por um governador português de uma província brasileira, indicando que a exploração de pau-brasil deveria ser controlada. “Essa foi a primeira preocupação documentada no Brasil com a questão florestal”, disse Aleixo.  "Mesmo que tenha sido com a intenção de proteger os interesses da Coroa portuguesa”, ponderou.

Ao concluir sua participação, Aleixo pregou a necessidade de uma legislação que leve em consideração os dados científicos. “É importante que este tipo de informações sejam levados em conta, para que decisões acertadas sejam tomadas”, alertou. 

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                                                                                                                                             Texto: Gerhard Brêna – Ascom MCTI