As crianças são um grande foco da Rio+20, mas por mais que seus ávidos olhares absorvam tudo o que podem sobre sustentabilidade, inovações científicas e a busca por um mundo melhor, nem sempre elas têm um canal para registrar suas opiniões. No Espaço da Ciência, Tecnologia e Inovação para o Desenvolvimento Sustentável, organizado pelo Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação na Rio+20, a nova geração tem voz, no 1º Forunzinho de Crianças: +Crianças na Rio+20, promovido pela Fundação Xuxa Meneghel.

Em uma apresentação que botou as crianças de diversos lugares do Brasil, incluindo aldeias indígenas, perguntando suas dúvidas e discutindo temas relacionados à sustentabilidade e ao meio ambiente, o foco é colocar o tema em pauta entre os pequenos, para que eles consigam contribuir. “Nosso mote é o direito da criança à participação”, diz Angélica Goulart, diretora da fundação. “Sentimos que elas têm pouca voz e, por isso, esse é nosso objetivo”.

O projeto é dividido em várias regiões, com as crianças utilizando o conceito da teia da vida, desenvolvido pelo físico e ambientalista austríaco Fritjop Capra, que prega que os seres vivos são parte de um sistema interligado e que os seres humanos são apenas parte dessa máquina orgânica. Compreendendo isso, as crianças montaram um gráfico com os problemas que identificam.

“Estas são as propostas das crianças para resolver os problemas do mundo”, destaca Angélica. “No fim disso, vamos redigir um documento, uma carta das crianças para a Terra. Os temas não são apenas ambientais. As relações sociais, familiares e escolares são muito problematizadas por elas.”

A estudante Ana Cláudia Dickel, de 12 anos, de Pontão (RS), ecoa essa percepção na mensagem que gostaria de mandar para o mundo. “Gostaria que todas as pessoas preservassem o meio ambiente, mas também gostaria que tivesse igualdade e respeito entre todos”, diz.

Acompanhe a participação do MCTI na Rio+20.  


                                                                                                                            Texto: Gerhard Brêda – Ascom do MCTI