O ministro na abertura do fórum, no Rio de Janeiro. Foto: Diego Reis/Ascom do MCTI
O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Marco Antonio Raupp, afirmou que é preciso considerar igualmente os setores econômico, social e ambiental para tratar de questões referentes à economia verde e à estrutura institucional para o desenvolvimento sustentável, durante a sua participação no Fórum de Ciência, Tecnologia, Inovação e Desenvolvimento Sustentável, na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), nesta segunda-feira (11).
Raupp enfatizou que o potencial de biodiversidade brasileiro, além dos avanços recentes do país no campo social e do potencial de energia limpa, permitem que o Brasil faça uma "transição mais rápida e segura para a economia verde inclusiva", tema principal da Rio+20. O conceito é definido pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) como uma "economia que resulta em melhoria do bem-estar da humanidade e igualdade social, ao mesmo tempo em que reduz significativamente riscos ambientais e escassez ecológica".
O evento, organizado pelo Conselho Internacional de Ciências (Icsu, na sigla original), tem como objetivo discutir propostas e caminhos para uma economia mais verde e igualitária e reúne cientistas, especialistas e pesquisadores. Segue até sexta-feira (15).
Para Raupp, é importante o uso de uma economia verde inclusiva como ferramenta para a implementação do desenvolvimento sustentável, que contemple os três pilares destacados anteriormente. “A economia verde deve promover a geração de empregos, a inovação tecnológica, a ciência, a inclusão social e a conservação dos recursos naturais, e não ser utilizada como pretexto para a imposição. Para nós, essa questão de inclusão social e crescimento é fundamental”, disse.
Políticas O ministro também destacou as principais políticas do MCTI no setor ambiental: a prevenção e mitigação de desastres naturais; o apoio ao controle do desmatamento; o fortalecimento da pesquisa oceanográfica; a preservação da biodiversidade; o estímulo às energias renováveis; a prevenção da desertificação e a promoção de tecnologias assistivas, que buscam tanto a inclusão social quanto a preservação ambiental. Raupp ratificou ainda a importância da Rio+20 para a criação de metas sustentáveis.
“Um dos resultados palpáveis da Rio+20 deve ser o estabelecimento de novas metas universais de desenvolvimento sustentável para todas as nações, com o objetivo de fornecer um espaço seguro de operação para toda a humanidade no presente e para futuras gerações, ao assegurar que respeitamos os limites planetários”, apontou.
Confira o discurso do titular do MCTI. Texto: Juliana d'Arêde – Ascom do MCTI