A 4ª Reunião Ordinária da Comissão Nacional de Combate à Desertificação (CNCD), pela primeira vez sediada em uma cidade do Semiárido brasileiro, Campina Grande (PB), foi encerrada no dia 1º com novo plano de ações estratégicas, elaborado pelos representantes dos governos e da sociedade civil. Na ocasião, foi deliberado sobre a proposta de inserção do Instituto Nacional do Semiárido (Insa/MCTI) na CNCD e como correspondente científico do Brasil na Convenção das Nações Unidas para Combate à Desertificação (UNCCD – sigla em inglês de United Nations Convention to Combat Desertification).
Um dos destaques da reunião foram os encaminhamentos de um plano de ações emergenciais e estruturantes para a convivência com a semiaridez, inclusive com a seca. Dentre as deliberações, consta a elaboração de um documento contendo o ingresso da CNCD no Comitê Integrado de Combate à Seca na Região do Semiárido e o resgate das ações previstas nos Planos de Ações dos Estados (PAEs) de forma que integrem as ações de convivência com a semiaridez junto ao Comitê. Cerca de 60% da população residente no Semiárido brasileiro, quase 12 milhões de habitantes, está afetada pela estiagem, aspecto que requer atuação dos governos nas dimensões emergencial e estrutural.
O diretor do Departamento de Combate à Desertificação do Ministério do Meio Ambiente, Francisco Campello, ressaltou o que considera os dois principais desafios para a comissão: construir um processo participativo e democrático para combater a desertificação, com base na experiência da convivência e no resgate das tecnologias sociais; e acompanhar a implementação dos compromissos assumidos pelo Brasil na Convenção das Nações Unidas de Combate à Desertificação e Mitigação dos Efeitos da Seca.
“A grande estratégia da comissão é justamente não perder o esforço de planejamento feito em cada estado no seu plano estadual de combate à desertificação e mitigação dos efeitos da seca”, disse Campello. “Que as ações emergenciais sejam promotoras de projetos estruturantes, o que significa o resgate das tecnologias sociais implementadas para a convivência com o Semiárido, de forma que possamos, mesmo numa situação de emergência por ocasião das estiagens, construir cenários futuros de convivência com o Semiárido.”
Leia mais. Texto: Ascom do Insa