Com o tema “Economia verde – negócios sustentáveis”, o Fórum Nacional de Gestores de Inovação e Transferência de Tecnologia (Fortec) deste ano pretende reunir diferentes atores sociais para discutir questões relativas à sustentabilidade ambiental, a geração de negócios sustentáveis e a contribuição para o esclarecimento da sociedade. O evento, em Belém, começou nesta terça-feira (17).
Segundo a coordenadora do evento, a pesquisadora Graça Ferraz, do Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG/MCTI), os dois princípios observados pelos participantes do Fortec são o "ambientalmente correto e o socialmente justo". Para ela, há necessidade de consolidar no Brasil um processo de certificação para negócios verdes e sustentáveis, bem como critérios para identificar se as empresas obedecem a parâmetros de divisão de renda e condições dignas de trabalho.
O Fortec 2012, além de contribuir para o esclarecimento da sociedade em geral, tem a participação de promotores de instituições de ciência e tecnologia que compõem o Fortec-Norte, a Rede NIT Amazônia Oriental e a Rede NIT Amazônia Ocidental, coordenados pelo Museu Goeldi e pelo Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCTI), e é patrocinado por parceria público-privada.
O sexto encontro se inspirou na necessidade socioambiental de desenvolver e inovar gerando negócios que não destruam o meio ambiente, que sejam sustentáveis e que construam um caminho em que ciência, inovação e natureza avancem na geração de benefícios econômicos e sociais.
Participante da mesa “Políticas públicas para o desenvolvimento sustentável: aproximação entre o local e o global”, o secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação do Pará, Alex Bolonha Fiuza de Melo, concedeu à Agência Museu Goeldi entrevista sobre a economia verde e suas implicações para a Amazônia.
Melo defende um modelo de desenvolvimento para a região que tenha base científica e garanta a preservação do meio ambiente. “Chamo de ideologia o preservacionismo que defende a ‘intocabilidade’ da floresta, proposta que não gera opção de desenvolvimento sustentável para os povos que vivem da floresta”, diz.
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