Com forte atuação no Programa Antártico Brasileiro (Proantar), o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) lamenta profundamente o acidente na Estação Antártica Comandante Ferraz (EACF) e se solidariza aos familiares dos dois militares que foram vítimas da tragédia, bem como a todos os envolvidos no Proantar.
No momento do acidente, estavam na EACF dois profissionais do Inpe. José Roberto Chagas, da Divisão de Geofísica Espacial, e José Valentin Bageston, da Divisão de Aeronomia, estavam na Antártica desde o dia 10 de fevereiro e tinham retorno previsto para o início de março. Eles estão bem e desembarcaram no Rio de Janeiro na madrugada desta segunda-feira, com o grupo trazido de Punta Arenas, Chile, em avião da Força Aérea Brasileira (FAB). Ainda hoje ambos devem chegar a São José dos Campos.
Nenhum dos laboratórios do Inpe foi atingido pelo incêndio. Os dois mais próximos da estação são os módulos de Ozônio e o Meteoro. Já o módulo Ionosfera fica a aproximadamente 300 metros da estação, enquanto o módulo da Alta Atmosfera, onde estão um radar e instrumentos ópticos, está a cerca de um quilômetro de distância.
Estavam em andamento atividades que preparam as instalações para enfrentar o próximo inverno. Com o acidente, não foi possível tomar nenhuma ação para proteger os equipamentos. Os pesquisadores agora avaliam o retorno à Ferraz para evitar danos à instrumentação, que está sem energia, e dar prosseguimento aos projetos de pesquisas.
O Inpe conduz pesquisas na região desde o início do Programa Antártico Brasileiro, há 30 anos, com estudos sobre a dinâmica da atmosfera, a camada de ozônio, meteorologia, gases do efeito estufa, a radiação ultravioleta, a relação sol-terra, o transporte de poluição, oceanografia e interação oceano-atmosfera. O instituto possui três projetos na EACF.
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