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Ministro visita novas instalações do Cemaden
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O ministro na sala de situação do Cemaden. Foto: Elton Alex Silva/Cemaden
17/01/2012 - 11:56

O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, visitou o Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden/MCTI), em Cachoeira Paulista (SP), nesta segunda-feira (16). Ele e os demais presentes puderam conhecer a nova sala de situação, onde são recebidas e analisadas informações hidrometeorológicas e imagens de diversas fontes de sensoriamento. 

A equipe de coordenadores do centro (um geólogo, um hidrólogo, dois meteorologistas, um especialista em desastres naturais) mostrou as etapas do monitoramento aos visitantes. “O governo está muito mobilizado em torno dessa questão e há um reconhecimento muito grande de prefeitos e governos quanto à qualidade do trabalho da previsão que estamos fazendo”, disse Mercadante, em seu pronunciamento. “O Cemaden tem sido muito útil para orientar a defesa civil.”

O centro, que começou a ser implantado em julho, fica no campus do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI) e opera em tempo integral desde dezembro. Emite alertas sobre a iminência de deslizamentos, enxurradas e inundações em quatro níveis de risco (leve, moderado, alto e muito alto), subsidiando o Sistema Nacional de Defesa Civil. Até o momento foram investidos cerca de R$ 13 milhões no Cemaden, onde trabalham hoje cerca de 80 pessoas.

Também participaram da visita o secretário de Políticas e Programas de Pesquisa e Desenvolvimento do MCTI, Carlos Nobre, o diretor-presidente do Serviço Geológico do Brasil (CPRM), Manoel Barretto, o diretor do Cemaden, Reinhardt Fuck, o Coodenador Geral da Representação Regional do MCTI no Sudeste (ReSE), Naldo Cardozo e o diretor do Inpe, Gilberto Câmara. Representante do Movimento Nacional dos Afetados por Desastres, Tatiana Reichert destacou a importância do envolvimento da sociedade nas medidas de prevenção.

Mercadante informou que, embora neste momento o foco principal esteja no Sul-Sudeste por causa das chuvas deste período, a cobertura dos alertas abrange todo o país. “Tivemos na semana passada uma grande inundação em Rio Branco, e isso foi monitorado e alertado”, exemplificou. “Daqui a pouco deslocaremos toda a nossa capacidade de observação para o leste do Nordeste [por conta da estação chuvosa, de abril a agosto].” 

Avanços e próximos passos

O ministro contou que, no início do funcionamento do sistema, chegou a telefonar diretamente para governadores ou prefeitos em situações preocupantes que exigiam rápida intervenção. Agora, disse, os estados e municípios estão mais integrados ao sistema: “Hoje, temos centro de monitoramento lá no Espírito Santo, no Rio de Janeiro e em Minas Gerais, trabalhando de forma integrada e com capacidade de se deslocar rapidamente para áreas com potencial de serem afetadas por desastres naturais nesses estados”.

Ele identificou prioridades para o aperfeiçoamento do sistema de alertas: avançar no levantamento geotécnico, a partir do trabalho de campo dos geólogos, para detalhamento das áreas de risco; preparar a defesa civil e as comunidades para identificar sinais de desastre iminente; e aumentar a capacidade de previsão com a instalação de novos pluviômetros. Ressaltou, ainda, que em certos locais será inevitável desalojar os moradores para evitar mortes.

Tatiana Reichert, do Movimento Nacional dos Afetados por Desastres, comentou que o Cemaden “com certeza vai salvar vidas”. “É um sistema completo na área de previsão, do alerta, mas é o primeiro passo”, disse. “A previsão por si só não é prevenção, mas é de grande importância.” Ela avaliou que os alertas emitidos não podem ficar restritos à defesa civil: “A informação precisa chegar à ponta, que é a sociedade”.

Aloizio Mercadante destacou a construção do centro como “uma obra de muitas mãos” com envolvimento de especialistas que dedicaram a vida toda ao assunto. Homenageou em especial o secretário Carlos Nobre, por seu empenho para inserir o tema na agenda pública nacional.

“Precisamos criar uma cultura de prevenção, utilizar a ciência e a inteligência para salvar vidas, como já estamos salvando”, concluiu.

                                                                                                                                              [Matéria atualizada em 17/01/2012]

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