O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, esteve presente nesta quarta-feira (4), em Brasília, no lançamento do protótipo do primeiro veículo global da Ford no Brasil. Trata-se da nova geração de utilitário cujo remodelamento envolveu, segundo o fabricante, mais de mil engenheiros brasileiros e anos de estudo e pesquisas para atender as exigências do mercado mundial.

Mercadante destacou a contribuição da engenharia brasileira ao projeto. Na avaliação do ministro, a participação desses profissionais é uma conquista tanto para a indústria automobilística como para a engenharia e para a economia do país. O modelo, com comercialização prevista em 100 países, será produzido na fábrica da Ford, em Camaçari (BA), e em outras cidades dos cinco continentes. O lançamento foi realizado simultaneamente em Nova Déli (Índia). O governador da Bahia, Jaques Wagner, também participou do evento em Brasília.

Em seu pronunciamento, Aloizio Mercadante lembrou que o Brasil é o quinto mercado automotivo e a sexta economia do mundo. Ressaltou ainda o papel das economias emergentes na sustentação do crescimento em momento de crise internacional, destacando a posição do Brasil e da Índia.

O ministro reforçou o interesse de o Brasil em ter mais valor agregado na indústria automotiva do país. “Esse é o caminho que o governo quer: mais pesquisa e desenvolvimento no Brasil, engenharia, inovação e mais conteúdo local. E o governo vai fazer a sua parte”, afirmou Mercadante, citando a experiência do Programa Ciência sem Fronteiras, que enviará, neste mês, 1.500 bolsistas aos Estados Unidos, basicamente nas áreas das engenharias, de inovação, tecnológicas e de ciências básicas.

“Tivemos 7 milhões de acessos ao portal do Ciência sem Fronteiras nestes últimos 20 dias e já temos 12 mil inscritos na nova leva de bolsistas que vão para os Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha, França e Inglaterra”, informou.

O presidente da Ford no Brasil, Marcos de Oliveira, declarou que a empresa aposta no crescimento do país. Ele disse que o grupo está investindo R$ 4,5 bilhões, entre 2011 e 2015, no terceiro maior mercado da marca no mundo.

“A indústria automotiva brasileira cresceu na faixa de 15 a 16% ao longo dos últimos quatro ou cinco anos e, nesse ano de 2011, a indústria atingiu uma marca de 3.630.000 veículos comercializados no Brasil”, disse. “Isso mostra que a indústria evoluiu muito, que o poder aquisitivo do consumidor brasileiro cresceu bastante e que a disponibilidade de crédito e financiamento existe e é alta, por isso, existe o potencial de crescimento continuado.”