Desvendar o segredo do cubo mágico e conhecer o projeto de um robô criado para esse mesmo desafio, desenvolvido pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A novidade na Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT) deste ano tem atraído a atenção do público, na Tenda da Ciência, em Brasília.

Os visitantes, principalmente jovens, são orientados por meio de um vídeo produzido pelo campeão brasiliense na modalidade, Carlos Alcântara. O cubista (como se intitulam os praticantes), de 24 anos, mantém um site pelo qual ensina métodos básicos para a montagem do objeto. Nesta quinta-feira (20), no estande do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), ele deu as explicações pessoalmente aos interessados.

Carlos Alcântara veio acompanhado do irmão,Caio José Lafeta, 16 anos, que treina para se tornar também um campeão no segmento. O especialista montou o objeto em 20 segundos, observado com curiosidade pelos estudantes. Rodrigo Silva, 15 anos, dedicou o dia para aprender a manusear o cubo com perfeição. “Eu já sabia montar e agora quero aprender uma forma mais avançada”, justificou.

Sobre o cubo

Considerado um dos brinquedos mais populares do mundo, o quebra-cabeça tridimensional colorido foi criado, em 1974, pelo austríaco Erno Rubik, quando este era professor do Departamento de Desenho de Interiores da Academia de Artes e Trabalhos Manuais Aplicados de Budapeste (Hungria). Rubik tinha como intenção criar uma peça que fosse perfeita, no que se refere à geometria, para ajudar a ilustrar o conceito da terceira dimensão aos seus alunos de arquitetura.

O cubo mágico é o símbolo da edição 2011 da SNCT. A logomarca traz imagens diversas relacionadas ao tema “Mudanças Climáticas, desastres naturais e prevenção de riscos”, com o objetivo de estimular a reflexão sobre a necessidade encontrar os caminhos para a prevenção e para amenizar riscos impostos pelas alterações no clima.

Robô

Um desafio maior do que solucionar o quebra-cabeça tridimensional foi desenvolver um robô com essa habilidade. A proposta foi aceita com empenho pelo Grupo de Pesquisa em Robótica Inteligente e Visão Artificial da UFRGS, que trabalha na construção de uma máquina e um software específico para essa finalidade. Alunos de pós-graduação e graduação estão empenhados no projeto há dois meses. O resultado da experiência, ainda em fase de ajustes, também está em exposição no estande do MCTI.

Para um dos coordenadores da iniciativa, Jarbas André da Rosa, pesquisador do Instituto de Informática da UFRGS, o projeto reativou o grupo de pesquisa da instituição, possibilitou a integração das equipes das áreas de informática e robótica da universidade e trouxe novas perspectivas de trabalho. “Esse grupo agora vai desenvolver projetos com o Ministério da Educação para criar kits de robótica para educadores brasileiros”, informou.