O estudante de escola pública Alberto dos Reis Aires, 17, do Distrito Federal, surpreendeu-se ao saber o que a influência do homem, se exercida de forma depredatória, pode causar à natureza e ao seu próprio habitat. Na 8ª edição da Semana Nacional de Ciência e Tecnologia (SNCT), ele visitou o estande da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) em Brasília nesta quarta-feira (19).

A instituição montou dois espaços interativos. O primeiro deles representa uma floresta com espécies vegetais e animais característicos de diversas regiões do país. Nele, os visitantes percorrem uma trilha. O segundo local simula uma cidade.

Depois de verificar as consequências negativas da presença do homem nas matas, o estudante Alberto chegou à conclusão de que é preciso preservar o meio ambiente. “Vi o que a queimada pode causar e também o desmatamento. Aprendi que quando isso acontece os animais deixam seu hábitat e passam a conviver de forma desordenada com o homem", relatou. "Precisamos respeitar o espaço de cada um, principalmente dos bichos. No cenário da cidade verifiquei o que pode acontecer se não cuidarmos, por exemplo, dos objetos que deixam de ir para o lixo e vão parar nos bueiros, podendo assim causar enchentes. Nesse caso, os resultados são danosos, como o aparecimento de doenças.”

No espaço destinado à floresta, é possível, ainda, obter informações sobre os vetores de leishmaniose, doença de chagas, febre amarela e malária. Alberto Aires vai levar para casa as dicas de como evitar a dengue. “Temos que ficar atentos com água parada, por causa do mosquito transmissor, o Aedes aegypti”, lembrou.

O coordenador do estande da Fiocruz, Wagner Vasconcelos, disse que o tema é oportuno, considerando que o foco principal da instituição é prezar pela vida. Ele explicou que a ideia é passar para os visitantes que o comportamento é fundamental para que os ambientes naturais e construídos sejam geridos de forma sustentável. “É importante para a Fiocruz mostrar a relação do homem versus cidades e florestas. Precisamos lembrar sempre que meio ambiente e saúde estão necessariamente associados, mas que o resultado dessa relação é definido pelo próprio homem”, enfatizou.

A SNCT no Distrito Federal

Em Brasília, os expositores estão distribuídos em três pavilhões, num espaço de 9 mil m2, onde estão instalados 64 estandes. No total, 250 instituições participam das 661 atividades programadas. A Tenda da Ciência funciona até o domingo (23), no período das 8h30 às 18h30.

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