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Comitê internacional elogia projetos de pesquisadores do Inau
18/08/2011 - 17:02
A produção dos pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau) foi apresentada durante a 2ª Reunião de Avaliação do Comitê Científico Internacional do Inau, em Cuiabá. No evento, realizado pelo Centro de Pesquisa do Pantanal (CPP), foram apresentados 37 projetos desenvolvidos por cinco laboratórios associados ao Inau, no Pantanal mato-grossense e sul mato-grossense.

“Os cientistas daqui estão entre os melhores do mundo”, enfatizou Brij Gopal, integrante do comitê (formado por cientistas convidados) e do Centre for Inland Waters in South Asia (Índia), no encontro, realizado na segunda e na terça-feira (15 e 16). Gopal disse que a maioria dos projetos está seguindo as recomendações do órgão internacional. Segundo ele, os projetos são interconectados, portanto, não são analisados individualmente.

Outro integrante, Max Finlayson, disse que ficou impressionado com a quantidade de trabalhos apresentados. “Há projetos ambiciosos, difíceis de realizar em uma paisagem de difícil acesso onde a biodiversidade é complexa”, destacou o cientista, da Charles Sturt University (Austrália). Ele disse que os projetos sobre a bioprospecção são importantes para a localidade e para o país. “O maior desafio é fazer ciência de alta qualidade o tempo todo e integrar a comunidade local para todos serem beneficiados”, ressaltou.

Para o vice-coordenador do Inau, Paulo Teixeira de Sousa Jr, a produção dos projetos entra numa fase de amadurecimento. “Com isso aumentará a equipe, a velocidade e a qualidade da produção”, avaliou.
Os projetos do Inau são submetidos à avaliação anual interna pelo Comitê Cientifico Nacional e externa pelo Comitê Científico Internacional e pelo Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI).

A pesquisadora Rosemary Matias, da Universidade Anhanguera (Uniderp), mostrou que a partir de óleos do gênero Anacardium foi produzido um protótipo, na forma de pó, que está em fase bem avançada, e tem menor impacto no meio ambiente, se comparando com produtos sintéticos utilizados para combater as larvas do mosquito Aedes aegypti. As mudanças nos períodos da cheia e seca e os relatos e as histórias de vida de habitantes da região são temas de outros trabalhos expostos.

Importância das áreas úmidas

No dia anterior, a reitora da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Maria Lúcia Cavalli, enfatizou a importância das áreas úmidas para a regulação do clima e do ciclo hidrológico, purificando as águas e reabastecendo os lençóis freáticos.

Ela também fez uma explanação sobre a produção de conhecimentos na UFMT e os avanços institucionais referentes às áreas úmidas, que começaram a tomar impulso na década de 90, com a parceria com o Instituto Max Planck da Alemanha, dentro do programa Shift (CNPq – BMF).

No ano 2000, quando o Pantanal foi declarado patrimônio da humanidade pela Unesco, a instituição buscou no Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT, hoje MCTI) a criação do Centro de Pesquisa do Pantanal. Em 2008 foi criado o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Áreas Úmidas (Inau) e foi anunciada pelo MCT a implantação do Instituto Nacional de Pesquisas do Pantanal (INPP) no campus de Cuiabá da UFMT, que está na fase final de construção do espaço físico.

Durante o evento foi lançado o livro O Pantanal – Ecologia, Biodiversidade e Manejo Sustentável de uma Grande Área Úmida Sazonal Neotropical, editado pelos professores Wolfgang J. Junk, Carolina J. da Silva, Cátia Nunes da Cunha e Karl M. Watzen.
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