O ministro no anúncio de 2 mil bolsas do Ciência sem Fronteiras. Crédito: Lecino Filho/Ascom do MCTI
“Os melhores estudantes brasileiros nas melhores universidades do exterior”, enfatizou . o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aloizio Mercadante, ao anunciar as primeiras 2 mil bolsas do Programa Ciência Sem Fronteiras. No evento desta terça-feira (16) em Brasília (DF), ele destacou também a importância da adesão de empresas ao programa e a perspectiva de retorno que elas terão.
O ministro pediu a participação do setor privado no sentido de investir na ação, custeando mais 25 mil bolsas para totalizar, assim, 100 mil oportunidades de estudos com as 75 mil que o governo espera oferecer. E que busque incorporar pesquisadores na volta do período no exterior. O presidente do Conselho de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCTI), Glaucius Oliva, também participou do evento.
Durante quatro anos, a iniciativa receberá R$ 3,2 bilhões do governo federal. As bolsas priorizarão as ciências básicas, as engenharias e a área tecnológica. Serão direcionadas para 283 universidades e para estudantes que fazem parte dos programas Institucional de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti) e Institucional de Iniciação Científica (Pibic).
Mercadante mostrou ainda preocupação com o déficit de profissionais na área das engenharias. “Um dos focos é a formação de mais engenheiros. No Brasil, formamos um engenheiro a cada 50 formandos, enquanto a Coreia forma um engenheiro a cada quatro formandos. Temos que acelerar essa formação”, enfatizou. Ele também destacou a seleção os bolsistas por mérito. “O aluno é o foco do programa”, disse.
Créditos
O ministro do MCTI adiantou que os alunos com experiência no exterior terão seus créditos reconhecidos pela instituição de origem. “Além disso, estamos pedindo para as nossas instituições estimulem em nossos jovens o estudo de línguas. Temos oportunidades em experiência no exterior que se a pessoa tiver fluência em determinados idiomas tem a garantia da bolsa. No Ciência Sem Fronteiras precisamos de jovens com que falem outras línguas”, defendeu. Confira a apresentação do ministro.
O presidente do CNPq, Glaucius Oliva, destacou o Programa Ciência Sem Fronteiras como o principal pilar de sustentação diante do desafio do Brasil de se tornar a quinta economia mundial. “Sem dúvidas é um grande instrumento para que o país atinja a meta de se tornar a quinta economia. Temos diante disso, a necessidade de expor os melhores talentos em um ambiente de pesquisa, onde já tenha padrão empresarial. Nosso próximo desafio agora é identificar os melhores talentos e mediar o ingresso de cada um deles em instituições no exterior”, disse.
Oliva considerou ainda o programa como um incentivador para que jovens possam se interessar pelos estudos da ciência, tecnologia e inovação. “A oportunidade de estudarem no exterior pode ser uma porta de entrada para isso”, avaliou.
Para saber mais, acesse o site do programa.
Outras prioridades
No evento, o ministro Mercadante falou também de assuntos prioritários para a pasta de C,T&I. Entre eles, a fábrica de semicondutores, Ceitec, que deverá começar a produzir em breve. Citou ainda o recém-criado Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), que terá análises de previsão meteorológica 24 horas por dia e funcionará nas instalações do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe/MCTI), em Cachoeira Paulista (SP), e a criação da Embrapii, que servirá de apoio para inovação nas pequenas e médias empresas.