O Ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Aloizio Mercadante, participou hoje (16) da cerimônia de anúncio da expansão da Rede Federal de Educação Superior e Profissional Tecnológica, no Salão Nobre, em Brasília. Na ocasião, a presidenta da República, Dilma Rousseff, anunciou a criação de quatro novas universidades federais, a abertura de 47 novos campi e 208 novas unidades dos Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia.
As novas universidades serão instaladas no Pará, na Bahia e no Ceará. Até 2012, serão implementados 20 campi universitários em oito estados brasileiros e 88 novas unidades de institutos federais em 25 estados. Além disso, prefeitos devem assinar termos de compromisso para a construção de 120 institutos em municípios dos 26 estados e no Distrito Federal. A previsão é de que todas as unidades estejam em funcionamento nos próximos três anos.
A presidenta disse que a iniciativa representa o início de uma nova etapa de expansão da rede e de continuidade de transformação do sistema. “Quando chegarmos a 2014, o Brasil terá 562 institutos, quadruplicando a rede que ele dispunha em 2002. É número muito importante para um país que não quer mais, de forma alguma, ser um país aquém do seu potencial e do potencial da sua população”, afirmou.
Diversas autoridades participaram da cerimônia, no Palácio do Planalto. Entre elas, o vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado Federal, José Sarney, o presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia, o ministro da Educação, Fernando Haddad, governadores, representantes de entidades universitárias e parlamentares.
Ciência sem Fronteiras
Dilma Rousseff destacou as ações governamentais na área da educação e o esforço para a interiorização do sistema educacional no Brasil. Ela afirmou que o programa de ensino superior e profissional anunciado hoje é parte de um conjunto de medidas orientadas para garantir formação de qualidade aos brasileiros. Dilma citou o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) e o Programa Ciência sem Fronteiras (CsF) como iniciativas para elevar o padrão de conhecimento, qualificação, produtividade, emprego e desenvolvimento do país.
A expectativa do governo com o programa Ciência sem Fronteiras é conceder 100 mil bolsas para estudantes fora do país até 2014, sendo 25 mil com a parceria da iniciativa privada.“É a capacidade que nós temos de, ao mesmo tempo que qualificamos os nossos jovens com bolsas de estudo e oportunidades de ensino nas melhores universidades do mundo, nós ampliarmos os seus horizontes", disse a presidenta. “Mexe com a ciência, mexe com a absorção de tecnologia, mexe com a capacidade de inovação e com a capacidade de cada uma das famílias brasileiras de sonhar por melhores oportunidades para os seus filhos”, declarou.
Nesta terça-feira, o ministro Aloizio Mercadante e o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq/MCT), Glaucius Oliva, anunciam a autorização para as primeiras 2 mil bolsas de estudos da modalidade sanduíche para graduação no exterior.
Essa primeira cota do programa se destina às mais de 250 universidades e Institutos Federais de Educação Tecnológica, que participam dos programas Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (Pibic) e Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (Pibiti).