Crédito: Lecino Filho/Ascom MCT. O ministro Mercadante durante o lançamento do conjunto de medidas, na presença da presidente Dilma Rousseff
O Brasil ocupa a sétima posição no mundo no setor de produção de tecnologias da informação e comunicação. Com as medidas do Plano Brasil Maior, o país pode dar um salto em termos de valor agregado e inovação. A avaliação é do ministro da Ciência e Tecnologia (MCT), Aloizio Mercadante, que participou do lançamento do plano, no Palácio do Planalto, em Brasília, nesta terça-feira (2). A cerimônia teve a presença da presidente Dilma Rousseff, ministros de estado, parlamentares e representantes da indústria e dos trabalhadores.
O Plano Brasil Maior, do governo federal, estabelece uma política industrial, tecnológica, de serviços e de comércio exterior para o período de 2011 a 2014. A estratégia é focar no estímulo à inovação e à produção nacional para alavancar a competitividade da indústria nos mercados interno e externo. Nesse contexto, o país se organiza para dar passos mais ousados em direção ao desenvolvimento econômico e social. O plano busca aproveitar competências presentes nas empresas, na academia e na sociedade num esforço de geração de emprego e renda.
Para o ministro Mercadante, o conjunto de medidas “tem que estar associado à visão de longo prazo”. De acordo ele, o país será competitivo se tiver capacidade de inovar, se mudar a cultura passiva diante da tecnologia. “Para isso, precisamos também de parcerias criativas entre o Estado e o setor privado. Falo isso porque podemos ampliar o esforço do Estado brasileiro”, disse.
A Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação 2011-2014 (ENCTI), do MCT, constituirá a base dos estímulos à inovação. O plano se apoia em três programas voltados para o ensino técnico profissionalizante e de estímulo às engenharias: Programa Nacional de Acesso à Escola Técnica (Pronatec); Plano Nacional Pró-Engenharia; e o programa Ciência sem Fronteiras, recentemente lançado pelo MCT e pelo Ministério da Educação (MEC).
De acordo com Mercadante, o Ciência sem Fronteiras permitirá a atração de pesquisadores do exterior de alto nível, que conduzirão o Brasil a um salto estratégico de inovação tecnológica. Outros setores que serão beneficiados, segundo o ministro, são o de patentes e de inclusão digital. Ele lamentou que, no mundo, dois terços das patentes venham do setor privado, enquanto no Brasil a maioria é do setor público.
Sobre a inclusão digital, ele disse que o Programa Nacional de Banda Larga permitirá que quase 70 milhões de estudantes tenham acesso ao computador com internet. Para o ministro, o salto de qualidade no sistema educacional será com conteúdo e equipamentos nacionais. “O Brasil está preparado para dar esse salto e nós vamos dar o poder de compra para a inclusão digital nas escolas. Esse poder de compra pode permitir que a gente tenha uma indústria de semicondutores que só 20 países têm e uma indústria de displays que só quatro países do mundo possuem”, disse.
Em sua participação, a presidente Dilma Rousseff disse que é urgente garantir condições tributárias e de financiamento adequadas ao estímulo dos investimentos produtivos, e que estimulem a geração de empregos. “A indústria nacional tem em mim uma aliada, uma parceira consciente das dificuldades, mas também das potencialidades do nosso setor produtivo”, disse. Segundo ela, este é o momento certo de agregação de valor na indústria nacional, de desenvolver tecnologia e inovação.
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