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Mudanças climáticas e suas consequências na vida marinha
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Crédito: Daniel Jordano (Inpa/MCT)
13/07/2011 - 13:05

Os efeitos das mudanças climáticas na vida marinha. Esse foi o tema da palestra do diretor do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa/MCT), Adalberto Luis Val, na 63ª Reunião Anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), em Goiânia (GO). Ele abordou as consequências da concentração, na atmosfera, dos gases de efeito estufa nos organismos dos peixes, focando a região da Amazônia. Região na qual o também professor realiza pesquisas há mais de 30 anos.

Em sua apresentação, o diretor do Inpa explicou de que forma a concentração de calor pode afetar o sistema biológico de peixes, plantas aquáticas, micro-organismos e outros. Segundo Val, a cada dia a concentração de gás carbônico tem aumentado significativamente. O que no passado demorava-se séculos, atualmente, tem oscilado em um curto espaço de tempo. “Temos vários atores que atuam neste sentido, desde causas naturais até variações antrópicas (quando há a influência do homem). Cada nação precisa desenvolver ações com foco na redução das emissões de gases de efeito estufa. Mas, mais do que isso, precisamos também agir em conjunto”, enfatizou.

Para Val, essas variações de temperatura têm impactado por exemplo na migração de algumas espécies de peixes para ambientes mais frios, devido ao aquecimento do ambiente aquático. A situação é parecida também com as populações de algumas espécies de plantas que se movimentam para altitudes maiores. Como diversas espécies de peixes de ambientes tropicais são importantes dispersoras de sementes, a manutenção da floresta nos ambientes afetados é comprometida, o que resulta na diminuição das populações de árvores e peixes.

Para o diretor o Inpa, as espécies marinhas estão vivendo hoje uma atmosfera relativamente parecida com o que ocorreu há vários séculos com alto nível de gás carbônico associado ao aumento da temperatura. Adalberto Val adiantou que pesquisadores do Inpa estão tentando recriar as condições climáticas de milhares de anos atrás e prever um cenário futuro para o ano de 2100. “A nossa hipótese é que os organismos dos seres marinhos se adpatam ao longo do tempo de acordo com a situação em que se encontram. A nossa intenção é submeter peixes, plantas e micro-organismos a uma condição de alta temperatura e de concentração de gás carbônico. Eles ficaram em estufas por um ano”, explicou.

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