O Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá (IDSM/MCT), por meio de seu programa de Gestão Comunitária/Sub coordenação de Proteção Ambiental, promoveu entre os dias 3 e 8 de julho, o curso de capacitação para Agentes Ambientais Voluntários (AAVs), em parceria com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e a colaboração do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade . Cerca de 30 moradores, das Reservas Mamirauá e Amanã, participaram da capacitação que é um dos passos para que eles se tornem agentes ambientais. Posteriormente, poderão desenvolver ações de educação e proteção ambiental.

 A formação de agentes ambientais teve início na Reserva Mamirauá em 1995, e, desde então, mais de 300 comunitários foram formados e atualmente cerca de 40 estão em atuação. Segundo Anete Barroso Amâncio, coordenadora do programa no Ibama-Amazonas, a experiência em Mamirauá tornou-se uma referência para a implantação do programa nacional, em 2005, quando o Ibama regulamentou a atividade. “Essa experiência tornou-se referência não só pelo comprometimento dos voluntários e do Instituto Mamirauá, mas também pelo resultado nas ações de proteção ambiental dos recursos naturais da Amazônia”, enfatizou. 

Na segunda-feira (4), os futuros agentes iniciaram a capacitação de fundamentos de ecologia, ministrada pelo biólogo Paulo Roberto e Souza, responsável pelas ações de Proteção Ambiental do Instituto Mamirauá. À tarde, Jorge Viana, do Programa de Manejo Florestal Comunitário, apresentou os conhecimentos necessários para entendimento da legislação ambiental. Vianna ressaltou a importância de proteção da floresta: “A ausência de proteção acarreta em desmatamento, que gera perda de biodiversidade, desequilíbrio da fauna e flora, aumento da temperatura. Consequentemente, destruição de todas as formas de vida”.

 A capacitação se estendeu até a sexta-feira, quando ocorreu a formatura, com a disseminação de conteúdos como educação ambiental, recursos pesqueiros, fauna, flora, unidades de conservação e legislação ambiental. O novo agente ambiental voluntário, Jean Coelho Porto, resumiu seu sentimento sobre a nova responsabilidade: “Agora, nós vamos ajudar a preservar o meio ambiente, trabalhando de forma legal e sustentável e fazendo com que outras pessoas tomem conhecimento do que aprendemos e atuem de forma responsável”.